GAMIFICAÇÃO E MICROCREDENCIAIS NO ENSINO SUPERIOR: ESTRATÉGIAS PARA POTENCIAR A MOTIVAÇÃO EM CONTEXTOS DE BAIXO INTERESSE
DOI:
https://doi.org/10.34630/pel.v8i3.6380Palavras-chave:
gamificação, microcredenciais, ensino superior, motivação, perfil de jogadorResumo
A rápida evolução das tecnologias digitais exige uma reconfiguração dos contextos educativos, promovendo a adoção de metodologias didáticas ajustadas ao perfil dos estudantes do século XXI. Neste cenário, a introdução de microcredenciais, atribuição de medalhas digitais mediante tarefas específicas e de outros elementos de gamificação, como rankings e pontuações, surge como uma estratégia relevante para promover envolvimento, participação ativa e responsabilidade no processo de aprendizagem. O presente estudo parte de um problema real: um perfil de estudantes com desinteresse por unidades curriculares como Tecnologias Educativas para as Ciências da Vida e do Ambiente (TECVA) e Tecnologias de Apoio ao Conhecimento (TAC), percecionadas como vias para obtenção de equivalências, bem como baixa motivação para desenvolvimento de competências em áreas tecnológicas. Estudos indicam que microcredenciais e gamificação potenciam a motivação e o desempenho, mas outros autores ,sublinham a importância de alinhar estas estratégias com o perfil motivacional dos alunos. O estudo seguiu uma abordagem de investigação-ação em dois anos letivos e três ciclos de intervenção com duas turmas distintas. Foram aplicados sistemas de microcredenciais na plataforma Moodle e, numa fase posterior, dinâmicas competitivas entre grupos. Os dados recolhidos incluíram inquéritos, entrevistas, diários do docente e grelhas de avaliação. Aquilo que se averiguou, foi: (a) uma discrepância entre o perfil autodeclarado de jogador e os estímulos mais eficazes, (b) resultados positivos tanto com medalhas digitais como com rankings mediante competições por grupos randomizados. Concluiu-se que a utilização de microcredenciais e gamificação pode ser catalisadora do envolvimento e motivação dos estudantes, desde que adaptada ao contexto e perfil dos mesmos, devendo haver espaço para ajustes dinâmicos. Futuras investigações devem incluir amostras mais alargadas e grupos de controlo para validar os resultados.
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