Avaliação das doses de Cone Beam Computed Tomography (CBCT) em pediatria
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Palavras-chave

CBCT
pediatria
qualidade imagem
simulações Monte Carlo

Como Citar

Cravo Sá , A., Campos, G., Fernandes, P., & Di Maria , S. (2025). Avaliação das doses de Cone Beam Computed Tomography (CBCT) em pediatria. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 2(4), 7. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i4.6439

Resumo

Enquadramento: O CBCT é o tipo de imagem mais utilizado em radioterapia, no entanto não existem recomendações para os diferentes protocolos [1]. As doses provenientes das imagens diárias poderão atingir 1-3% da dose prescrita, aumentando o risco de tumores radio-induzidos, sendo importante aferir para doentes pediátricos [2]. Objetivo: Pretende-se avaliar as doses de CBCT em doentes pediátricos. Métodos: As medições realizaram-se em dois sistemas de CBCT, com recurso a um fantoma computed tomography dose index (CTDI) e câmaras de ionização de 100 mm [2]. Os protocolos de cabeça, tórax e pélvico foram considerados num total de 60 medições. Utilizou-se o fantoma TOR 18 FG para avaliar a qualidade da imagem. Avaliou-se a razão sinal ruído (RSR) com voltagens entre 40 kV até 150 kV e 25 mA e um tempo de exposição de 50 ms. As simulações Monte Carlo foram realizadas com o software PENELOPE e com recurso a dois fantomas femininos pediátricos de 10 e 15 anos. Resultados: Entre os dois sistemas de CBCT verificaram-se diferenças de 1,5 mGy por CBCT para o protocolo de cabeça, 10,7 mGy para o protocolo pélvico e 1,5 mGy para o protocolo de tórax. Obteve-se o melhor rácio de RSR para 60 kV. A máxima diferença foi obtida no útero, com uma redução de dose de 93% face aos valores dos parâmetros fornecidos pelo fabricante. Conclusões: Atualmente, existem várias recomendações sobre os parâmetros de aquisição do CBCT e estes variam entre os diferentes países [3]. Vários estudos [2,4] demonstram estratégias de redução de dose dos CBCT que corroboram os nossos resultados. Obteve-se uma redução de dose de 29% para o protocolo de tórax, 39% para protocolo de cabeça e 42% para o protocolo pélvico para uma voltagem de 60 kV.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i4.6439
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Referências

[1] Olch, AJ; Alaei, P. How low can you go? A CBCT dose reduction study. J Appl Clin Med Phys [Internet] 2021, 22(2), 85–9.

[2] Wood, TJ; Davis, A; Earley, J; Edyvean, S; Findlay, U; Lindsay, R; et al. IPEM topical report: the first UK survey of cone beam CT dose indices in radiotherapy verification imaging for adult patients. Phys Med Biol [Internet] 2024, 69(2).

[3] Østergaard, DE; Bryce-Atkinson, A; Skaarup, M; Smulders, B; Davies, LSC; Whitfield, G; et al. Paediatric CBCT protocols for image-guided radiotherapy; outcome of a survey across SIOP Europe affiliated countries and literature review. Radiother Oncol [Internet] 2024, 190, 109963.

[4] Roxby, P; Kron, T; Foroudi, F; Haworth, A; Fox, C; Mullen, A; et al. Simple methods to reduce patient dose in a Varian cone beam CT system for delivery verification in pelvic radiotherapy. Br J Radiol [Internet] 2009, 82(982), 855–9.

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