Resumo
Enquadramento: O cancro da mama é o segundo cancro mais comum no mundo e o mais frequente nas mulheres [1]. Os exames de imagem médica, como a mamografia, ecografia mamária, tomossíntese e RM são essenciais para o diagnóstico e estadiamento pré-operatório do cancro de mama, a fim de estabelecer um planeamento correto do tratamento cirúrgico [2]. A ressonância magnética (RM) é o método de imagem mais sensível para a deteção e estadiamento do cancro da mama [3,4]. Objetivo: Este estudo tem como objetivo principal analisar, a partir da literatura, a radiologia no cancro da mama desde o diagnóstico até ao tratamento. Métodos: É um estudo de revisão de literatura, e foram considerados para a pesquisa os últimos 12 anos. As palavras-chave para a pesquisa foram “Mammography”, “Tomosynthesis”, “Breast ultrasound”, “MRI Breast”. A Busca eletrónica nas bases de dados Pubmed, B. On e Science Direct, permitiu encontrar 20 artigos e através da metodologia Prisma foram selecionados 7 estudos após aplicação dos critérios de inclusão. Resultados: A mamografia é o meio de diagnóstico de eleição na deteção do cancro da mama. A tomossíntese permite fornecer uma solução no caso dos tecidos densos e na deteção de algumas lesões ao remover a sobreposição de tecidos e ao realizar uma categorização BIRADS mais apropriada [2,4–7]. A RM da mama com contraste é o método de imagem mais sensível para a deteção, estadiamento pré-operatório e avaliação à resposta terapêutica do cancro da mama [2–4]. Conclusões: Salienta-se que um rastreio completo da mama pode resolver vários desafios práticos atuais. No entanto, a utilização dos métodos de mamografia com tomossíntese, eco mamária e ressonância magnética deveriam ser utilizados em conjunto e assim fornecer um melhor diagnóstico. A RM é extremamente cara e demorada e por esse motivo não é uma das primeiras opções.
Referências
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