Técnicas avançadas de ressonância magnética em oncologia cerebral
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Palavras-chave

Ressonância Magnética
Glioblastoma
Progressão

Como Citar

Freitas, D., & Costa, G. (2024). Técnicas avançadas de ressonância magnética em oncologia cerebral: Caso clínico. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 2(1), 12. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i1.5449

Resumo

Enquadramento: A Ressonância Magnética (RM) apresenta limitações na avaliação da extensão do tumor cerebral, na previsão do grau e avaliação da resposta ao tratamento. Técnicas avançadas, como a imagem ponderada em perfusão (PWI), espectroscopia (MRS), imagem ponderada em difusão (DWI) entre outras, permitem ultrapassar essas dificuldades. [1]

Objetivo: Apontar as mais-valias das técnicas avançadas em RM, aplicadas em glioblastomas.

Métodos: Com suporte em caso clínico, descrever a técnica, limitações e vantagens.

Resultados: A PWI é especialmente útil para determinar a progressão do tumor versus alterações relacionadas ao tratamento (pseudoprogressão). A MRS permite avaliar de forma não invasiva os metabolitos presentes, oferecendo biomarcadores de proliferação celular, metabolismo e necrose. [2]  A DWI permite caracterizar o tumor quanto ao grau de celularidade e mapeamento de fibras (Imagem Tensor de Difusão - DTI). A RM Funcional é também útil, nomeadamente no planeamento cirúrgico, onde as técnicas 3D assumem cada vez mais preponderância, permitindo a aplicação de neuronavegação. [3] Pacientes com diagnóstico de Glioblastoma beneficiam com a disponibilidade destas técnicas avançadas, como o caso do paciente do sexo feminino, 72anos, com LOE intra-axial temporal mesial direita, confirmada com RM convencional. É operada e a histologia aponta para Gliobastoma (grau IV). Após 3 anos apresenta nova lesão (recidiva) confirmada pelas técnicas avançadas, a qual é submetida a Termoablação intersticial guiada por RM - laser interstitial thermal therapy (LITT) entre outros procedimentos). A RM avançada permite caracterizar e monitorizar o sucesso parcial da intervenção ao longo do tempo.

Conclusões: A evolução da RM no estudo dos tumores cerebrais com imagens morfológicas de alta qualidade e com a integração de informações funcionais, metabólicas e estruturais é uma mais-valia. Capacidade de diagnosticar corretamente a progressão da doença bem como oferecer mapas pré-operatórios padronizados de múltiplas funções críticas facilitam a avaliação do risco cirúrgico e promovem alcance de maiores taxas de sucesso. [3]

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i1.5449
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Referências

Mehrabian Hatef, Detsky Jay, et al Advanced Magnetic Resonance Imaging Techniques in Management of Brain Metastases Frontiers in Oncology 2019, Volume 9

Wynton Overcast, Korbin Davis, et al Advanced imaging techniques for neuro-oncologic tumor diagnosis, with an emphasis on PET-MRI imaging of malignant brain tumors. Current Oncology Reports Current Oncology Reports 2021, Volume 23, 34

Giada Zoccatelli, Franco Alessandrini, et al Advanced magnetic resonance imaging techniques in brain tumours surgical planning Journal of Biomedical Science and Engineering 2013, Volume 6, 403-417

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