Cancro da mama em imagem
PDF

Palavras-chave

Cancro de mama
rastreio
mamografia
ressonância mamária

Como Citar

Barbosa, S. (2024). Cancro da mama em imagem. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 2(1), 4. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i1.5551

Resumo

Enquadramento :Em Portugal, anualmente, são detectados cerca de 7000 novos casos de cancro da mama, e 1800 mulheres falecem. Desta forma, a patologia mamária deve ser catalogada como prioritária, na sociedade portuguesa. O diagnóstico precoce é a chave para o aumento da taxa de sobrevida das pacientes e, consequentemente, a diminuição da mortalidade por cancro de mama. Objetivo: Descrição das modalidades imagiológicas utilizadas no diagnóstico, nomeadamente, a mamografia, a tomossíntese e a ressonância mamária. E a forma como os vários métodos de imagem se podem ajustar a cada caso de estudo. Métodos: A mamografia é uma técnica simples, acessível que consiste na compressão da glândula mamária com a finalidade de obter duas imagens perpendiculares de cada mama. A tomossíntese utiliza a mesma compressão da mamografia e consiste em obter múltiplas imagens de cada mama, tem como resultado final uma imagem sintetizada [1]. A ressonância mamária não utiliza radiação ionizante, estuda o tecido mamário em detalhe e permite caracterizar as lesões. Após a deteção de uma lesão suspeita deve proceder -se à sua biópsia, a qual é guiada sob o método de imagem mais adequado para a sua visualização e abordagem. Resultados: A mamografia e a tomossíntese são modalidades de primeira linha de diagnóstico [2,3], utilizadas em mamas com densidade baixa a moderada, pacientes pós menopausa e, permitem identificar achados imagiológicos como microcalcificações, quistos e áreas nodulares. A ressonância mamária é uma modalidade indicada para mamas densas, pacientes jovens, avaliação de implantes mamários, carcinomas da mama ocultos, ou quando há necessidade de caracterizar lesões encontradas num exame de primeira linha. No protocolo da ressonância mamária é imperativo a execução da sequência DCE (Dynamic Contrast Enhanced) e a DWI (Diffusion Weigted Imaging), pois a combinação dos dados obtidos nas duas imagens permite aferir se a lesão é apresentar caráter benigno ou maligno [4,5]. Conclusões: Os programas de rastreio, com a sua grande abrangência populacional e realizados com bons métodos de imagem, são o mecanismo mais eficaz para diagnosticar precocemente o cancro da mama.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i1.5551
PDF

Referências

American College of Radiology. ACR BI-RADS®️ Atlas—Mammography, 2013.

Baltzer, P; Mann, RM; Lima, M; Sigmund, EE; Clauser, P; Gilbert, FJ; EUSOBI international Breast Diffusion-Weighted Imaging working group. Diffusion-weighted imaging of the breast—a consensus and mission statement from the EUSOBI International Breast Diffusion-Weighted Imaging working group. Eur. Radiol. 2020, 30, 1436-1450.

Sardanelli, F; Fallenberg, EM; Clauser, P; Trimboli, RM; Camps-Herrero, J; Helbich, TH; Forrai, G. Mammography: an update of the EUSOBI, recommendations on information for women. Imaging. 2017, 8(1), 11-18.

Pereira, FPA; Martins, G; Figueiredo, E; Domingues, MNA; Domingues, RC; Fonseca, LMBD. O uso da difusão por ressonância magnética na diferenciação das lesões mamárias benignas e malignas. Radiol. Bras. 2009, 42, 283-288.

Bougias, H; Stogiannos, N. Breast MRI: Where are we currently standing? JMIRS 2022, 53(2), 203-211.

Creative Commons License

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.

Direitos de Autor (c) 2024 Sara Barbosa