Abstract
Enquadramento: Atualmente, o cancro do pulmão representa a principal causa de mortalidade oncológica em todo o mundo, podendo ser classificado, principalmente, em dois grandes grupos: cancro do pulmão de não pequenas células (CPNPC), com 85-90% dos casos e três subtipos principais, e cancro do pulmão de pequenas células (CPPC), com 10-15% dos casos [1]. A PET/TC, sendo uma técnica imagiológica que permite aliar a informação metabólica da tomografia por emissão de positrões (PET) com o detalhe anatómico da tomografia computorizada (TC), tem-se vindo a tornar uma ferramenta importante na investigação desta doença oncológica [1-4]. Objetivo: Explorar o papel da PET/TC no CPNPC. Métodos: Revisão narrativa da literatura, complementada com imagens ilustrativas. Resultados: A definição da terapêutica e o prognóstico desta doença dependem, em parte, de um diagnóstico precoce e estadiamento preciso [1,5]. A PET/TC, melhorando a delimitação das áreas de captação aumentada de radiofármaco, é recomendada como modalidade imagiológica de primeira linha no estadiamento de CPNPC devido à sua excelente precisão diagnóstica [1]. Proporciona uma definição mais precisa da localização tumoral, fornece informação sobre infiltração mediastínica, invasão da parede torácica, diferenciação entre tumor e atelectasia pós-obstrutiva, proporciona informação funcional sobre os gânglios linfáticos, assim como a sua localização exata, e melhora a deteção de metástases [1-5]. Esta técnica está indicada na caraterização morfológica e funcional de nódulos ou massas pulmonares, estadiamento, reestadiamento após o tratamento, bem como no planeamento de radioterapia, ajudando à melhor delimitação do volume-alvo e evitando irradiações desnecessárias de tecidos saudáveis [1-3]. Conclusões: A PET/TC desempenha um papel fundamental na avaliação imagiológica dos pacientes com CPNPC, constituindo-se como uma ferramenta precisa no estadiamento, podendo também servir de base ao planeamento do tratamento por radioterapia. A sua utilização pode otimizar decisões terapêuticas, reduzir intervenções desnecessárias e melhorar o prognóstico dos pacientes.
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