Caracterização da formação, práticas e atitudes dos Técnicos de Farmácia Portugueses no âmbito da manipulação de citotóxicos
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Palavras-chave

citotóxicos
quimioterapia
agentes antineoplásicos
exposição ocupacional
técnicos de farmácia

Como Citar

Campos, D., Silva, I., Rego, M., Correia, P., & Moreira, F. (2023). Caracterização da formação, práticas e atitudes dos Técnicos de Farmácia Portugueses no âmbito da manipulação de citotóxicos. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 1(1), 9. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i1.5176

Resumo

Introdução: Os profissionais de farmácia que manipulam medicamentos citotóxicos precisam de realizar formação, adotar as práticas mais seguras e usar equipamentos apropriados para evitar, na medida do possível, a sua exposição ocupacional a fármacos citotóxicos [1,2]. Objetivos: Este trabalho pretende caracterizar a formação, técnicas e atitudes no âmbito da manipulação de fármacos citotóxicos, por parte de técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT) de farmácia, em Portugal. Metodologia: Um questionário, composto por onze questões foi elaborado e, posteriormente, validado por pré-teste. O questionário realizado na plataforma Google Forms reuniu respostas entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, por TSDT de farmácia que manipularam fármacos citotóxicos entre 2017 e 2022. Resultados: Setenta e sete TSDT de farmácia responderam ao questionário. Apesar de 66 dos participantes (86%) terem recebido formação antes do início da manipulação, apenas 53% (n=41) dos TSDT assumiram que a instituição empregadora se envolvia, de alguma forma, na sua formação após o início de funções. Todos os participantes relataram o uso de luvas e bata sendo o uso de par de luvas duplo comum (99%; n=76). O cumprimento do tempo limite recomendado para a atividade de manipulação interrupta (82%; n=63) e a sistemática dupla verificação dos procedimentos de preparação dos fármacos citotóxicos (86%; n=66) foram elevados. Contudo, o uso regular de compressa estéril a envolver os locais de conexão das seringas, recomendado por algumas diretrizes [3], foi menos frequente (58%; n=45). Nenhum dos TSDT que participaram no presente estudo utilizava dispositivos de transferência de sistema fechado (CSTD) e 41 (53%) dos que usavam spikes não utilizavam estes dispositivos de forma criteriosa. Conclusão: A implementação de programas de formações regulares na manipulação de fármacos citotóxicos deve ser estimulada, de modo a promover o uso mais criterioso dos controlos de engenharia e a adoção transversal dos procedimentos mais seguros.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i1.5176
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Referências

International Society of Oncology Pharmacy Practitioners. ISOPP Standards for the Safe Handling of Cytotoxics. Journal of Oncology Pharmacy Practice. 2022; 28(3_suppl): S1-S126.

Fazel SS, Keefe A, Shareef A, Palmer AL, Brenner DR, Nakashima L, Koehoorn MW, McLeod CB, Hall AL, Peters CE. Barriers and facilitators for the safe handling of antineoplastic drugs. Journal of Oncology Pharmacy Practice. 2021;28(8):1709-1721.

Occupational Safety and Health Administration. Controlling Occupational Exposure to Hazardous Drugs. United States Department of Labor - Occupational Safety and Health Administration. 2016.

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