Importância do perfil ocupacional na identificação de amusia após- Acidente Vascular Cerebral
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Palavras-chave

Acidente Vascular Cerebral
amusia
perfil ocupacional
terapia ocupacional

Como Citar

Branco, S., Henriques, F., & Silva, B. (2023). Importância do perfil ocupacional na identificação de amusia após- Acidente Vascular Cerebral. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 1(4), 9. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i4.5613

Resumo

Enquadramento: Amusia é um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimentos na perceção e/ou expressão musical [1,2], podendo classificar-se como adquirida, após o Acidente Vascular Cerebral (AVC) [3], com prevalência estimada de 35 a 69% [4]. Objetivo: Aquisição de conhecimentos teóricos para capacitação na avaliação, intervenção e encaminhamento de doentes pós-AVC com amusia; Promoção de uma avaliação centrada no perfil ocupacional, nomeadamente no âmbito profissional, valorizando o impacto da amusia no desempenho de atividades significativas. Métodos: Foi realizada uma pesquisa sobre o tema amusia em português e inglês, na Pubmed, Scielo e Cochrane com os termos “aquired amusia” e “stroke”. Resultados: A amusia adquirida pós-AVC parece resultar de uma afetação multiregional cortical e/ou subcortical [1,3], podendo associar-se concomitantemente a dificuldades ao nível de outras funções cognitivas [5,6]. A amusia traduz-se em dificuldades na perceção do ritmo, do timbre e/ou do reconhecimento emocional da música [3]. O Montreal Battery of Evaluation of Amusia (MBEA) considera-se o método goldstandard para a avaliação [7]. Como método de intervenção, tem-se avaliado a exposição a música instrumental e com voz, por períodos até 6 meses [8]. Conclusões: Torna-se preponderante a investigação sobre mais métodos de avaliação e intervenção na amusia. Protela-se um subdiagnóstico grave uma vez que o MBEA é um instrumento moroso, de difícil aplicação [3]. De salientar que, também não estão descritos mais métodos de intervenção e protocolos de referenciação destes doentes. Como Terapeutas Ocupacionais, realçamos o impacto desta condição inerente nas áreas de ocupação associadas ao trabalho, lazer e participação social [9]. Uma avaliação centrada no perfil ocupacional, e baseada no Modelo de Ocupação Humana, permite uma intervenção dirigida e focada no retorno à sua rotina diária, prevenindo a privação ocupacional [10]. A música tem componentes sensóriopercetivas, perceptivocogntivas e socioemocionais significativas, podendo tornar-se uma despersonalização silenciosa [11].

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i4.5613
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