Diagnóstico laboratorial de Clostridium difficile: comparação de imunoensaios
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Keywords

Clostridium difficile
Diagnóstico
Imunoensaio de membrana
Tecnologia TPX (Two-Photon Excitation)

How to Cite

Mota, S., & Barros, M. I. (2023). Diagnóstico laboratorial de Clostridium difficile: comparação de imunoensaios. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 1(1), 12. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i1.5186

Abstract

Introdução: A bactéria Clostridium difficile afeta a flora intestinal provocando infeção e possível colite pseudomembranosa. Esta infeção apresenta um grande impacto a nível hospitalar, por envolver a formação de esporos dificultando a sua eliminação e facilitando a disseminação que ocorre pela via fecal-oral. [1] O diagnóstico laboratorial permanece em constante debate, contudo existem diferentes métodos de análise disponíveis [2]. Objetivo: Este estudo foi realizado com o objetivo de comparar o teste do mariPOC® e o teste da BioMaxima, com os testes implementados no laboratório do Hospital de Braga. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional com 46 amostras fecais selecionadas aleatoriamente de entre as amostras de pacientes com suspeita de infeção por C.difficile. Estas foram submetidas ao teste de rotina implementado no Hospital, o C. DIFF QUIK CHEK COMPLETE®, TECHLAB, permitindo a obtenção do diagnóstico. Paralelamente, foram testadas as duas metodologias em estudo e foi detetado o gene tcdB por PCR em tempo real, implementado no Hospital como confirmatório, em caso de resultado dúbio, permitindo confirmar estirpes toxigénicas de C.difficile. Resultados: Em função do ensaio de rotina TECHLAB, o teste BioMaxima apresentou maior sensibilidade para a deteção da proteína GDH (100%), enquanto o mariPOC apresentou melhor especificidade para a deteção de GDH e melhor especificidade (100%) e sensibilidade (82%) para a deteção de toxinas A/B. Quando comparados com a deteção do gene tcdB o mariPOC apresentou melhor sensibilidade (88%) e especificidade (94%) na deteção de estirpes toxigénicas. Conclusão: No conjunto de parâmetros analisados, o mariPOC apresenta melhores resultados. Acresce ainda como vantagens a automatização e obtenção de resultados semiquantitativos, não disponíveis para o ensaio BioMaxima. [3,4] Face ao constante desenvolvimento de novas metodologias para diagnóstico, é fundamental que os laboratórios realizem estudos como este, previamente à implementação de uma nova metodologia, de forma a que cada laboratório possa garantir a qualidade dos seus resultados.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i1.5186
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