TRADUZIR METÁFORA NÃO É MAMÃO COM AÇÚCAR
A BUSCA POR EQUIVALENTES DE BOTANOMORFISMOS
DOI :
https://doi.org/10.34630/polissema.vi21.4250Mots-clés :
Tradução funcional, botanomorfismo, formação de tradutor, linguística de corpus, convencionalidadeRésumé
Motivada por questões culturais, históricas, etimológicas etc., a linguagem figurada perde a associação com seus referentes originais e ganha novo sentido conforme o contexto. Mais do que uma estratégia restrita à literatura e à publicidade, a idiomaticidade é determinante para a comunicação eficiente, e permeia todos os gêneros textuais. Por fazerem associações distintas, diferentes línguas e culturas raramente compartilham metáforas similares. O objetivo deste artigo é descrever uma tarefa aplicada a tradutores em formação para a busca de equivalentes funcionais em língua inglesa de metáforas de frutas em português brasileiro. Apesar de os botanomorfismos serem recorrentes nas duas línguas, interlinguisticamente, a relação entre a fruta e seu referente raramente se dá da mesma forma. Utilizando como exemplo a metáfora (ser um) laranja, descrevemos de que forma os tradutores em formação buscaram equivalentes em inglês que recuperassem a idiomaticidade da palavra. Para tanto, consultaram obras de referência, traduções de artigos jornalísticos e corpora de língua geral. A atividade não só possibilitou a identificação de equivalentes tradutórios convencionais da metáfora que exemplificou a tarefa, mas principalmente serviu para indicar aos aprendizes caminhos que levam à autonomia e às escolhas conscientes, imprescindíveis na profissão.
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