O que há de diferente no circuito do medicamento antineoplásico?
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Keywords

citotoxicidade
oncologia
quimioterapia

How to Cite

Sousa, J., Ribeiro, S., & Moutinho, V. (2024). O que há de diferente no circuito do medicamento antineoplásico?. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 2(1), 6. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i1.5553

Abstract

O medicamento antineoplásico é definido pela United States Food and Drug Administration (FDA) como "Drugs used to treat cancer” [1]. Definir os conceitos de medicamento citotóxico ("Drugs that kill or damage cells”) e de “Hazardous Drugs” (fármacos que devido à sua toxicidade intrínseca representam um perigo para os profissionais de saúde, envolvidos na sua manipulação) e estabelecer a relação entre os três conceitos afigura-se pertinente para que se compreenda a necessidade de um circuito especial nesta área [1,2]. A toxicidade associada aos antineoplásicos justifica a necessidade de se adotarem três cuidados essenciais: o cuidado com o doente, com os profissionais de saúde que manipulam estes medicamentos e com o meio ambiente. A Prática Clínica leva a que, o tratamento oncológico com medicamentos seja orientado por protocolos e é usual que o mesmo ocorra em ambiente de Hospital de Dia. O doente oncológico, é à partida um doente que traz inúmeros desafios na gestão da sua doença e é usual que os seus parâmetros antropométricos e hematológicos sofram alterações ao longo do tratamento. O doente deve ser avaliado sistematicamente e desta avaliação médica resulta a decisão para a continuidade do tratamento, segundo o protocolo, ou a necessidade de realizar alterações ao mesmo. Assim, as doses dos medicamentos podem variar ao longo dos ciclos de tratamento. Esta apresentação concentrou-se essencialmente na manipulação dos medicamentos citotóxicos, uma parte crítica deste circuito. A instalação de uma Unidade de Preparação de Citotóxicos (UPC) na farmácia é recomendada, onde cada manipulado é preparado segundo uma prescrição e ordem de preparação, saindo da farmácia rotulado e pronto a administrar ao doente. A adoção de normas e instruções de trabalho, a técnica asséptica, o cuidado na manipulação e transporte de “Hazardous Drugs”, as infraestruturas adequadas, o equipamento de proteção individual, o uso de material adequado para a manipulação de citotóxicos, uma equipa treinada na UPC, os protocolos de higiene e limpeza e a conduta profissional são alguns dos fator-chave referenciados em normas internacionais para um nível de excelência requerido na manipulação destes medicamentos de forma a promover a proteção do doente, dos profissionais e do meio ambiente [2,3,4].

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i1.5553
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References

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Hodson, L; Ovesen, J; Couch, J; Hirst, D; Lawson, C; Lentz, TJ; MacKenzie, B; Mead, K; Cincinnati, OH. Managing hazardous drug exposures: information for healthcare settings. U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention, National Institute for Occupational Safety and Health, DHHS (NIOSH) 2023;130. Available from: https://doi.org/10.26616/NIOSHPUB2023130

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