Abstract
Enquadramento: A gestão do medicamento hospitalar constitui a segunda maior parcela orçamental dos hospitais, e é financiada por intermédio do montante que é alocado pelo Orçamento de Estado para os gastos em saúde e é disponibilizado ao SNS (Serviço Nacional de Saúde) [1]. A informação disponível dos stocks dos diferentes medicamentos, tanto informática como manual, tem de ser fiável, rápida, objetiva e precisa, para que se possa efetuar um correto controlo dos stocks [2]. Mas, a perecibilidade destes representa um fator crítico na cadeia de abastecimento [3], sendo uma das formas de verificação da sua qualidade o procedimento de inventário, e uma indicação do próprio INFARMED [4]. Objetivo: Conhecer os diferentes tipos de inventários e qual o enquadramento legal da sua prática nos Serviços Farmacêuticos Hospitalares (SFH) do SNS. Métodos: Pesquisa bibliográfica. Resultados: A gestão de stocks otimiza a redução de custos ao promover o uso eficiente dos recursos internos da organização. Sendo, o principal desafio o planeamento e controle para que cada medicamento esteja dimensionado para os níveis adequados de acordo com a sua necessidade [5]. Fazer um inventário físico no armazém consiste em comparar o stock, nas suas quantidades reais e características com o que aparece no registo ou sistema informático. Os inventários podem ser divididos em anuais, periódicos ou permanentes [6]. Conclusões: Os SFH geralmente utilizam o inventário permanente, que lhes permite ter conhecimento em qualquer momento do valor das existências em armazém. Em regra, no final do ano, procedem a contagens físicas, sendo elaborado um balanço anual [7]. Parece importante definir a periocidade dos inventários e os seus moldes, para que haja uma uniformização dos procedimentos nos diferentes hospitais do SNS. A sua informatização e a utilização dos Sistemas Automatizados, permite aumentar a sua frequência e, identificar mais precocemente os erros para se melhorar processos.
References
Ferreira, JFS. Análise Económica do Medicamento em Portugal . Universidade do Algarve 2012.
Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar. Manual de Boas Práticas de Farmácia Hospitalar - B: Aquisição e Armazenamento. Ordem dos Farmacêuticos 2021. https://ordemfarmaceuticos.pt/pt/publicacoes/manuais/manual-de-boas-praticas-de-farmacia-hospitalar-capitulo-b-aquisicao-e-armazenamento/.
Magalhães, LN. Avaliação de métodos de gestão de inventário e de previsão de vendas em farmácias comunitárias. Repositório Aberto da Universidade do Porto 2022. https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/144523/2/587304.pdf.
INFARMED; SNS. Deliberação n.º 77-A/CD/2021. INFARMED. [Online] 6 de Junho de 2021.https://www.infarmed.pt/documents/15786/17838/11048532.PDF/4bde6495-b33d-4311-8302-784be4a65971.
Assis, A; et al. Classification of medicines and materials in hospital inventory management: a multi-criteria analysis. BMC Medical Informatics and Decision Making 2022. https://bmcmedinformdecismak.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12911-022-02069-0.
Mecalux. Como fazer um inventário rápido e eficaz. Mecalux 2020. https://www.mecalux.pt/blog/como-fazer-inventario-stock.
Tribunal de Contas. Auditoria de resultados ao aprovisionamento das unidades hospitalares do SNS. Tribunal de Contas 2012
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Rita Pilar, Dália Folha