O contributo do Ortoptista no diagnóstico e monitorização do cancro
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Palavras-chave

tumores oculares
retina
melanoma
retinoblastoma

Como Citar

Rodrigues, D., & Marques , J. (2025). O contributo do Ortoptista no diagnóstico e monitorização do cancro. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 2(4), 34. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i4.6489

Resumo

Enquadramento: Os tumores oculares podem atingir a órbita, o segmento anterior ou o segmento posterior do olho. Tumores secundários como os tumores do SNC, podem condicionar alterações ao longo da via óptica [1-4].

O Ortoptista realiza exames complementares de diagnóstico em que é possível fazer um estudo estrutural do olho e funcional da via óptica. Exames específicos às estruturas oculares como: fotografia de segmento anterior e Tomografia de Coerência Óptica (OCT) de segmento anterior e posterior, retinografia, angiografia, angio-oct, possibilitam o estudo estrutural do olho, caracterizando a localização e extensão das lesões. Relativamente ao estudo funcional da via óptica, exames como a perimetria e os potenciais visuais evocados permitem estudar a alteração da mesma.

De modo, a integrar a informação e compreender de que forma estes exames se tornam peças fundamentais para diagnósticos diferenciais, apresentaram-se dois casos clínicos de tumores da retina, como o retinoblastoma que embora raro, continua a ser o tumor intraocular mais comum na criança [5]; e o melanoma da coroide, tumor intraocular mais comum em adultos.

Relativamente a tumores secundários com atingimento ocular, foi apresentado um caso de astrocitoma e um caso de meningioma. Este último, foi detectado em contexto de cuidados de saúde primários no âmbito do rastreio de retinopatia diabética, realizado no centro de saúde.

Conclusões: Conclui-se que o Ortoptista tem um contributo fundamental para o diagnóstico e monitorização da patologia oncológica tanto em contexto hospitalar, assim como em cuidados de saúde primários.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i4.6489
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Referências

[1] Castela, G.; Marques, M.; Pediatric Orbital Tumors. Em Manual of Ophthalmic Plastic and Reconstrutive Surgery, 1ª ed.; Castela, G.; Sociedade Portuguesa de Oftalmologia: Campo Pequeno, 2-13º, Lisboa, Portugal, 2016; Volume 29, pp. 285-299.

[2] Quintão, T.; Dinah-Bragança, T.; Fonseca, C; 25 Perguntas & Respostas sobre Tumores da Retina e da Coroideia. GER – Grupo de Estudos da Retina, Portugal, 2024; pp. 9.

[3] Garzillo, MJ. Classificação de tumores cerebrais com algoritmos de Machine Learning (Dissertação). Lisboa: Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa/Instituto Politécnico de Lisboa; 2022.

[4] Louis, DN; Perry, A; Reifenberger, G; von Deimling, A; Figarella-Branger D; Cavenee, WK; et al. The 2016 World Health Organization Classification of Tumors of the Central Nervous System: a summary. Acta Neuropathol 2016, 131(6), 803-20.

[5] Zhou, M; Tang, J; Wen, X; Shen, J; Jia, R; Chai, P; Fan, X. Recent progress in retinoblastoma: Pathogenesis, presentation, diagnosis and management. Asia Pac J Ophthalmol (Philia) 2024, 13(2), 100058.

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