Inclusão na rotina do doseamento da hormona Anti-Mulleriana para avaliação da fertilidade: Revisão Sistemática
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Palavras-chave

fertilidade
hormona anti-mulleriana
tabagismo
técnicas de reprodução assistida

Como Citar

Filipa Ribeiro, F., Lamas, M. C., Farinha, R., Gomes, D., Mota, S., & Amorim, M. (2024). Inclusão na rotina do doseamento da hormona Anti-Mulleriana para avaliação da fertilidade: Revisão Sistemática. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 2(2), 13. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i2.5633

Resumo

Enquadramento: A hormona Anti-Mulleriana (AMH) é atualmente conhecida como capaz de traduzir a reserva ovárica e a qualidade dos oócitos [1,2]. A degradação dos oócitos é bastante comum quando a mulher tem comportamentos de risco que influenciem negativamente a fertilidade, como os hábitos tabágicos. A fertilidade é muito influenciada por este hábito, traduzindo-se numa degradação gradual e exacerbada dos oócitos [3,4]. Por existir uma iniciação ao consumo de tabaco cada vez mais cedo, os danos causados poderão ser visíveis em idade inferior ao esperado, sendo, por isso, necessário rastrear regularmente possíveis alterações do ciclo reprodutivo da mulher [5,6]. Objetivo: Sistematizar conhecimento sobre a AMH, apoiando o seu reconhecimento como biomarcador confiável para a tradução do estado da reserva ovárica e sua qualidade. Elucidar a possibilidade de ser benéfico para a mulher que o doseamento da hormona AMH seja feito precocemente, nomeadamente em casos onde a idade média de início de consumo tabágico foi prematura. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura, segundo a metodologia PRISMA, usando os termos MESH: assisted reproductive techniques, smoking, fertility e anti-mullerian hormone. A recolha de artigos foi realizada na base de dados Pubmed, entre 01/01/2000-31/7/2023. De acordo com os critérios de inclusão e exclusão, foram elegíveis 12 artigos científicos. Resultados: Os estudos são consistentes em relação ao papel da AMH na fertilidade, considerando-o um biomarcador importante na prevenção da infertilidade. Apoiam que a AMH é um bom preditor da menopausa precoce e evidenciam ainda a existência de uma relação entre o consumo de tabaco e uma diminuição da reserva ovárica. Conclusões: Existem evidências que contribuem para uma possível relação benéfica com a introdução do doseamento da AMH nas análises laboratoriais de rotina, dado que quanto mais precocemente forem detetadas patologias associadas aos oócitos, maior é a probabilidade de sucesso nos tratamentos medicamente assistidos ou nas técnicas de criopreservação.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i2.5633
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Referências

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