A pessoa do Profissional de Relação de Ajuda... em contextos de Saúde Mental
DOI:
https://doi.org/10.34630/sensos-e.v4i2.2538Palavras-chave:
relação de ajuda, doença mental, profissionalResumo
No presente artigo, partindo-se de um caso real desenvolvido em contexto de Saúde Mental, serão evidenciados os pressupostos da relação de ajuda e, sobretudo, o papel desempenhado pelo profissional nesta relação.
Numa relação de ajuda, o profissional tem de estar aberto e disponível para escutar e compreender empática e holisticamente a pessoa com quem intervém, particularmente se a mesma tiver uma doença mental. Mais do que a sua doença, o profissional tem de ver o ser humano que está perante si, com problemas, com necessidades, mas também com competências e um enorme potencial para se desenvolver, autonomizar e empoderar. E é numa relação de proximidade e de confiança, que se vai edificando ao longo do tempo, que o profissional pode ajudá-la no seu processo de mudança, acreditando nela, corresponsabilizando-a e dando-lhe poder.
Os conhecimentos técnico-científicos, embora fundamentais, não são, por si só, suficientes, já que na base da intervenção do profissional de relação de ajuda se revela imperativa a sua implicação, enquanto pessoa, com a plenitude e autenticidade do seu ser.
Pela dimensão relacional e afetiva deste trabalho, o profissional é desafiado a gerir constantemente as emoções, próprias e do outro, que são experienciadas no decorrer deste processo. Ao reconhecer o que cada um sente e a influência das emoções no processo relacional, a atuação do profissional será mais ponderada, trazendo, consequentemente, proveitos para a própria relação e para o desenvolvimento e a capacitação dos sujeitos.