2011: V Encontro de CTDI: Informação. Economia. Poder

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Desde as últimas décadas do século XX, os desenvolvimentos tecnológicos aplicados à criação, difusão, uso e transformação da informação foram uma alavanca para o surgimento de uma nova economia. Manuel Castells apresentou-a como a economia informacional, global e em rede. A produtividade e a competitividade das organizações passaram a ser determinadas em grande medida pela sua capacidade em gerar, processar e aplicar adequadamente a informação. Mais do que nunca antes, a economia aprofundou a sua ligação à informação, reconfigurando também novos meios e modelos de poder.
Num momento de crise vivida e sentida pela sociedade no seu todo (governo, empresas e indivíduos), importa reflectir sobre esse trinómio informação, economia e poder, que dá nome ao V Encontro de CTDI.
Não existem receitas milagrosas para optimizar a agregação de valor à informação nas organizações, mas é possível identificar alguns postulados susceptíveis de melhorar a gestão deste recurso intangível, com base numa abordagem científica alicerçada nos fundamentos da Ciência da Informação. As comunicações apresentadas neste V Encontro de CTDI irão procurar demonstrar isso mesmo, com base na análise de estudos de caso de sucesso e de projectos inovadores.
Num contexto em permanente transformação, o sucesso das organizações nunca foi tão fácil nem, paradoxalmente, tão frágil porque a flexibilidade e a capacidade de reacção são essenciais para o seu equilíbrio. Importa saber sintetizar de forma dinâmica os opostos, como o caos e a ordem ou o micro (indivíduo) e o macro (ambiente). A análise do papel da informação no comportamento organizacional favorece uma postura dinâmica de adaptação da organização à inexorável mudança interna e externa. Também os espaços de trabalho colaborativo potenciam um aproveitamento efectivo do conhecimento dentro das organizações, promovendo o seu sucesso num contexto em permanente agitação.
Com condições de financiamento cada vez mais difíceis e exigentes, os serviços de informação, em qualquer tipo de organização ou contexto, têm de evidenciar a sua capacidade para garantir o retorno do investimento. Os custos que lhes estão associados precisam de ser cobertos pelos benefícios percepcionados pelos seus utilizadores e pelas mais-valias globais para a organização (mais produtividade, mais competitividade, mais inovação, melhor imagem interna e externa, etc). Neste âmbito, serão discutidos o valor económico que os utilizadores atribuem aos recursos de informação, as potencialidades derivadas da gestão da informação em bibliotecas de ensino superior bem como da implementação de um espaço de investigação virtual.

Publicado: 2011-12-01