A TEORIA DOS DETALHES LUMINOSOS DE EZRA POUND E A TEORIA DAS CORES E DA VIBRAÇÃO DE WASSILY KANDINSKY: NOVAS POSSIBILIDADES EXEGÉTICAS E TRADUTIVAS
DOI:
https://doi.org/10.34630/polissema.v0i11.3095Palabras clave:
Tradução Literária, Produção, Recepção, Percepção, Detalhes Luminosos, Primeira e Segunda Vibração, Contacto EficazResumen
O objectivo deste artigo é aplicar aos Estudos de Tradução Literária o binómio literatura-imagem com origem no Expressionismo alemão e no Vorticismo inglês, optando por um suporte teórico tão seminal quanto a ficcionalidade a que se destinava a expectativa programática dessas vanguardas, nas décadas dez e vinte do passado século. Da poética visual de Wassily Kandinsky, formulada em Über das Geistige in der Kunst - insbesondere in der Malerei [Do Espiritual na Arte] (Kandinsky, 1912/1952), falarei da noção de Vibração. Da poética textual de Ezra Pound, exposta em “I Gather the Limbs of Osiris” (1911/12), remeterei para a Teoria dos Detalhes Luminosos.
São duas poéticas que, partindo de meios de expressão distintos – a imagem e a palavra, apresentam consideráveis pontos de contacto, no que diz respeito à abordagem produtiva e receptiva do objecto artístico. Ambas suspendem a procura convencional de um sentido na arte e na literatura, reunindo novas possibilidades exegéticas e, por conseguinte, tradutivas: a articulação entre a palavra poética e a imagem, com um amplo leque de possibilidades relativo a modos de estrutura perceptual, que se viriam a revelar proféticos, muito especialmente no que diz respeito à Tradução Artística, seja literária ou intersemiótica.
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