Ecocardiograma: Avaliação da cardiotoxicidade associada à terapêutica oncológica
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Palavras-chave

Ecocardiograma
Cardiotoxicidade
Terapêutica Oncológica
Cardio-oncologia

Como Citar

Barbosa, R. (2024). Ecocardiograma: Avaliação da cardiotoxicidade associada à terapêutica oncológica. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 2(1), 8–9. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i1.5569

Resumo

Os avanços no diagnóstico e tratamento do cancro têm resultado num crescente número de sobreviventes. O tratamento oncológico poderá condicionar várias complicações cardiovasculares. Desta forma, surge uma nova subespecialidade, a Cardio-oncologia, que tem por objetivo prevenir, detetar, monitorizar e tratar possíveis complicações cardíacas inerentes ao tratamento oncológico. O Ecocardiograma transtorácico (ETT) é o método de imagem chave no diagnóstico, vigilância e deteção de complicações cardiovasculares, devendo ser realizado previamente, durante e pós o tratamento oncológico[1,2].O ETT deve ser realizado de acordo com o protocolo habitual para este exame [3,4] com especial atenção a dois parâmetros, nomeadamente o cálculo da fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) (bidimensional (2D) e tridimensional (3D)) e o Global Longitudinal Strain (GLS). O ETT deve ser efetuado sempre no mesmo equipamento devendo ser registado o peso, a altura, a tensão arterial, o ritmo e a frequência cardíaca no respetivo momento. Alguns parâmetros ecocardiográficos, como é o caso do GLS, podem diferir ligeiramente de acordo com o equipamento utilizado e com as condições de carga [1,2]. A quantificação da FEVE por 3D é recomendada comparativamente ao método 2D, uma vez que a sua avaliação pelo método 3D demonstrou possuir uma maior reprodutibilidade intra e interoperador, bem como em medições seriadas. [5-6] Contudo, quando a avaliação da FEVE por 3D não está disponível o cálculo da FEVE 2D pelo método de Simpson biplanar é aceitável [1,2]. O ETT prévio ao tratamento oncológico é fundamental, atendendo que será este exame que permitirá identificar patologias cardíacas de base, classificar o risco cardiovascular e assim, definir um plano adequado especificamente para cada doente. Além disso, será este ETT que servirá de referência a todos os seguintes [1,2]. A definição de cardiotoxicidade por ecocardiograma consiste numa diminuição superior a 10% da FEVE (valor absoluto) para uma FEVE inferior a 50%. Assume-se provável cardiotoxicidade, quando existe diminuição superior a 10% da FEVE (valor absoluto) mantendo FEVE superior a 50% e diminuição superior a 15% do GLS (valor relativo). Verifica-se possível cardiotoxicidade quando ocorre diminuição inferior a 10% da FEVE (valor absoluto) para uma FEVE inferior 50% ou uma diminuição superior a 15% do GLS (valor relativo). Contudo, os resultados do ecocardiograma não devem ser interpretados de forma isolada, mas sim tendo em conta o contexto clínico sobretudo em doentes assintomáticos [1,2].

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i1.5569
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Referências

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