Infeções urinárias em felídeos e canídeos: etiologia e resistência aos antimicrobianos
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Keywords

urianálise
bactérias
antibióticos
caninos
felídeos
infeções urin´árias

How to Cite

Pedro, S., Carvalho, H., & Mota, S. (2023). Infeções urinárias em felídeos e canídeos: etiologia e resistência aos antimicrobianos. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 1(1), 13. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i1.5183

Abstract

Introdução: As infeções urinarias são das patologias mais frequentes nos animais de companhia, são geralmente causadas por bactérias e o seu tratamento depende da utilização de antimicrobianos [1-4]. Objetivo: Identificar a etiologia destas infeções em felídeos e canídeos, bem como estudar a sensibilidade aos antimicrobianos nos agentes etiológicos identificados. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional descritivo transversal. Foram incluídos todos os resultados de uroculturas, antibiograma e sedimentos urinários de amostras que chegaram ao laboratório entre 01-10-2021 e 12-11-2021 provenientes de canídeos e felídeos de Portugal continental e ilhas. Resultados: O estudo incluiu registos analíticos de 119 animais, 67 canídeos e 52 felídeos. Os agentes etiológicos mais frequentes nos canídeos foram Escherichia coli (44,78%), Proteus mirabilis (16,42%) e Staphylococcus pseudintermedius (10,45%). Nos felídeos foram a E.coli (55,77%), Enterococcus faecalis (11,54%) e Staphylococcus coagulase negativa (5,77%). Observou-se que mais de 90% dos isolados de E.coli, apresentaram resistência a Cefalexina (1ª geração) e mais de 50% à Cefalotina (1ª geração). Nos canídeos, verificou-se ainda resistência a 6 dos 19 antibióticos testados nos isolados de Staphylococcus aureus e nos felídeos observou-se resistência a 5 dos 15 antibióticos testados nos isolados de E.faecalis. Relativamente aos resultados do sedimento urinário foram observadas células epiteliais escamosas e de transição em todas as amostras e em 59,7% foram observados leucócitos. Relativamente aos métodos de colheita observa-se maior número de células (células epiteliais escamosas e de transição, eritrócitos e leucócitos) e cristais em amostras colhidas por cistocentese. Conclusão: A determinação precisa do agente etiológico e respetivo antibiograma é fundamental para a saúde do animal pois auxilia o médico veterinário na escolha do antibiótico mais adequado [5]. Contudo, é também relevante a nível de Saúde Pública [2], pois previne o aparecimento de resistências bacterianas, que têm aumentado devido a utilização descontrolada de antibióticos, sendo atualmente um dos maiores desafios nesta área da medicina.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i1.5183
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