Abstract
causar a listeriose, uma das principais doenças de origem alimentar. A doença atinge predominantemente indivíduos de risco, mas geralmente é assintomática ou ligeira em adultos saudáveis [1-3]. Objetivo: Determinar a frequência no registo de resultados de Listeria monocytogenes alimentos processados à base de carne, no ano de 2020. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo transversal. A amostra foi constituída pelos registos de resultados da pesquisa de Listeria monocytogenes em amostras de alimentos processados à base de carne e superfícies, de uma unidade fabril. As metodologias utilizadas na sua deteção foram baseadas nas normas AFNOR-ABI 29/05-12/11 e ISO 11290-1:2017 para amostras alimentares, e ISO 18593:2018 e ISO 11290-1:2017 para amostras de superfícies [4]. Resultados: Das 967 amostras de alimentos processados à base carne analisadas por PCR em tempo real, 73 (7,6%) tiveram resultados positivos e nestas foi confirmada a presença de L. monocytogenes em 56 (5,8%) das amostras por exame cultural. Das 288 amostras de superfícies analisadas, foi detetada a presença de L. monocytogenes em 19 (6,6%) amostras. Conclusão: Neste estudo apesar de não se verificar uma elevada percentagem de amostras positivas para L. monocytogenes estes resultados são muito preocupantes, já que a taxa de letalidade deste microrganismo torna-o um grave problema de Saúde Pública [5]. A presença de L. monocytogenes em alimentos, principalmente nos sujeitos a tratamentos térmicos, é um indicador de práticas de higiene deficientes. O controlo de L. monocytogenes em todas as fases da cadeia alimentar é de extrema importância, para garantir a proteção da saúde individual e coletiva [6-8]. O cumprimento das BPHF e dos HACCP, assume-se como essencial para o controlo da contaminação no ambiente de processamento, em particular da contaminação cruzada entre matérias-primas, superfícies, equipamentos e alimentos prontos a consumir [7,8].
References
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