Abordagem laboratorial na doença cérebro-cardiovascular
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Palavras-chave

Acidente Vascular Cerebral Isquémico
Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico
Trombose Venosa Cerebral
Risco Hemorrágico
Trombofilia Hereditária
Trombofilia Adquirida

Como Citar

Hortelão, D. (2023). Abordagem laboratorial na doença cérebro-cardiovascular. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 1(4), 15. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i4.5620

Resumo

Enquadramento: Nas doenças cérebro-cardiovasculares estão incluídas, o Acidente Vascular Cerebral isquémico (AVCi), o Acidente Vascular Cerebral hemorrágico (AVCh) e ainda, a Trombose Venosa Cerebral (TVC) [1,2]. O AVC é a doença vascular mais frequente, caracteriza-se pela perda rápida da função neurológica, por obstrução (AVCi) ou rotura (AVCh) de uma artéria; enquanto a TVC ocorre por bloqueio de 1 ou mais veias/seios venosos. O seu prognóstico é tempo-depende e por esse motivo, foi instituída em 2006, a Via Verde do AVC - protocolo coordenado de trabalho multidisciplinar com o intuito de diminuir o tempo desde o início dos sintomas até à avaliação clínica e realização da fibrinólise, se indicada [1,2].
A abordagem laboratorial é fundamental desde a fase aguda até ao tratamento antitrombótico. Na fase aguda do AVCi, permite verificar se está contraindicado o tratamento com fibrinolíticos, fármacos que atuam na dissolução do coágulo, mas apresentam risco hemorrágico como principal complicação. São contraindicações relativas, a toma de antagonistas da vitamina K (AVK) (ou razão normalizada internacional (INR) ≥ 1,7) e de anticoagulantes orais diretos (ACOD) (exceto se valores normais nos testes específicos) ou a administração de heparina até 48 horas antes (ou tempo de tromboplastina parcial ativado (aPTT) elevado) [1,3,4]. Na fase aguda do AVCh, o estudo da coagulação e/ou INR e/ou testes especificos para ACOD, permitem rastrear riscos hemorrágicos a ser corrigidos (p.e. o défice de fatores vitamina K dependentes nos doentes tratados com AVK) [1,5,6]. Após a fase aguda, na TVC (e excecionalmente no AVC) são investigadas, caso exista indicação clinica, causas genéticas (trombofilia hereditária) ou adquiridas (trombofilia adquirida) que levam a uma predisposição à trombose, recorrendo p.e. a ensaios qualitativos e quantitativos para a antitrombina, proteína C e S e ainda, a ensaios genéticos, como a mutação do fator V de Leiden [1,7]. Conclusões: Apesar dos avanços alcançados é fundamental continuar no sentido de reduzir a mortalidade e morbilidade [1,2].

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i4.5620
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Referências

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