Uma palavra pode valer mil imagens
DOI:
https://doi.org/10.34630/sensos-e.v12i2.5911Palavras-chave:
Cultura visual, Educação, Fases do desenho, Histórias tradicionais, InfânciaResumo
A sociologia da infância veio abrir um novo entendimento quanto à forma como as crianças são vistas. Estudos no campo das pedagogias (Oliveira-Formosinho & Kisimoto, 2013; Vasconcelos, 2009) evidenciam que as crianças conquistaram um estatuto de competência, sofisticação nas suas formas de comunicação e participação nas próprias culturas de pares, extraindo e apropriando-se, de modo criativo, da cultura dos adultos.
Com base na narração da História da Carochinha, foram analisados os desenhos produzidos por crianças, em idade pré-escolar, de dois jardins de infância, com o objetivo de identificar e analisar os diversos elementos da gramática visual, explorando os efeitos da narração de uma história (com e sem imagens), na produção gráfica da criança e identificar os traços ou atributos desenvolvimentais do desenho.
As crianças foram divididas em dois grupos (A e B), sendo ambos expostos à narração da história, sem imagens, em contexto de sala. Aos pais do Grupo A foi solicitado que narrassem, igualmente sem imagens, a mesma história, em casa. Aos pais do Grupo B, foi disponibilizada uma versão online, de modo a poderem narrar a história com recurso a imagens. Novamente em contexto de sala, foi pedido a todas as crianças que recontassem graficamente a história.
A análise dos desenhos produzidos pelas crianças evidenciou a influência da exposição a referências gráficas estereotipadas na liberdade criativa, na primeira infância, nomeadamente no que respeita à personificação das personagens e à inclusão de elementos da paisagem não descritos na história narrada.
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