Refletindo emancipação: Registos de uma comunidade surda
DOI:
https://doi.org/10.34630/sensos-e.v11i2.5429Palavras-chave:
Educação de surdos, Emancipação, Interculturalidade, Políticas inclusivas, Língua gestualResumo
Este estudo integra uma investigação mais ampla sobre “A emancipação da comunidade surda: a vez e a voz dos surdos”, realizada na Universidade Aberta de Lisboa. Neste âmbito, considerando que a política e educação são virais na representatividade do empoderamento pessoal pretendemos não só identificar rumos políticos e educativos que contribuíram para a emancipação da comunidade surda, como também compreender o papel da escola nesse processo de emancipação e perspetivar um conjunto de serviços e dinâmicas que lhe são inerentes. A metodologia usada teve um caráter qualitativo e os dados foram recolhidos através de uma entrevista a quatro adultos surdos, interpretada por tradutor e intérprete de língua gestual portuguesa (LGP). Os nomes dos participantes são fictícios e cruzados como forma de contribuir para o anonimato dos mesmos. O resultado do estudo indica que a emancipação dos surdos se encontra relacionada com: a educação bilingue - português escrito e eventualmente falado e LGP; o timing da aprendizagem das línguas; a articulação interdisciplinar entre os programas curriculares destas duas disciplinas; a fluência em LGP por parte de todos os docentes que trabalham com surdos; o ensino da língua gestual e da cultura surda ser ensinada e transmitida por professores surdos e a predisposição da pessoa surda para a LGP. Sugerem também, que as metodologias bilingues e as políticas inclusivas, na educação de pessoas surdas, influem positivamente nos seus processos emancipatórios.
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