Educação contemplativa, mindfulness e compaixão: Uma revolução silenciosa num mundo em transformação
DOI:
https://doi.org/10.34630/sensos-e.v10i3.5012Palavras-chave:
Educação contemplativa, Mindfulness, Compaixão, Transformação educacionalResumo
O modo de conhecimento dominante nas sociedades contemporâneas, informado pela racionalidade instrumental, tem gerado problemas de grande gravidade à escala global. Temos cada vez mais consciência que é necessário e urgente infletir esta tendência, mudando e educando em função de paradigmas e epistemologias distintos. Com este artigo pretendemos fundamentar a importância dos saberes contemplativos na educação bem como chamar a atenção para o seu papel profundamente transformador nos planos mais vastos da sociedade e do mundo. Para o efeito, denunciamos o antropocentrismo e aceleração, característicos da sociedade atual, destacamos a ciência contemplativa, enquanto reabilitadora de saberes de tradições milenares, e o seu contributo único para melhor compreendermos e valorizarmos o conhecimento experiencial de imersão na experiência direta e, ainda, para a edificação de sociedades humanizadas e respeitadoras dos ecossistemas. A compreensão dos processos metacognitivos autorregulatórios e dos modos de consciência existencial que o treino em mindfulness e compaixão possibilitam, profundamente emancipatórios e questionadores do sentido de eu e de realidade são igualmente abordados. Finalizamos sublinhando como a educação, reabilitando o peculiar construto da atenção, deve desempenhar um papel fundamental na reconfiguração radical dos modos como pensamos sobre o nosso lugar e agência no mundo interdependente de que fazemos parte.
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