Integração e avaliação dos estudantes no ensino superior: estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.34630/sensos-e.v6i3.3084Palavras-chave:
Avaliação contínua, Ensino superior, Exames intercalares, Integração, Taxas de aprovaçãoResumo
O modelo de ensino superior em Portugal resulta da reformulação decorrente da assinatura da Declaração de Bolonha (1999). A formação, centrada no estudante, concede maior liberdade no seu percurso formativo mas acarreta também maior responsabilidade e introduz a avaliação contínua como um parâmetro importante na avaliação das aprendizagens.
Vinte anos depois da sua implementação, o objetivo deste trabalho consiste na reflexão sobre a avaliação contínua aplicada em dois ciclos de estudos lecionados no Instituto Superior de Engenharia do Porto, a Licenciatura e o Mestrado em Engenharia Civil (LEC e MEC) e a sua influência no sucesso dos estudantes, nomeadamente do 1. Ano (integração). As Fichas e relatórios das unidades curriculares (FUC e RUC) foram analisados, com especial foco na componente de avaliação contínua e na taxa de aprovação.
Não é possível verificar uma interferência do número de momentos de avaliação contínua, com recurso a exames intercalares, na taxa de aprovação. Verifica-se um elevado número de momentos de avaliação por exames no 1.º ano 1.º semestre da LEC quando comparado com os restantes casos analisados. Assim, esta forma de receber os estudantes não contribui nem auxilia à transição entre ciclo de estudos (secundário / superior) sendo mesmo comprometedora do seu sucesso.