Uma reflexão teórica sobre os drills e a sua evolução na programação do ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras: uma mais-valia para a competência comunicativa
DOI:
https://doi.org/10.34630/sensose.v7i2.3667Palavras-chave:
Drills, Ensino-aprendizagem da língua estrangeira, Interferências da L1, Abordagem comunicativa, InterlínguaResumo
O presente artigo é uma revisão teórica sobre drills. Traça a viagem desde o seu nascimento e aplicação, até às críticas de que foram alvo, assinalando o seu desterro, e propõe a sua reabilitação didática, de modo crítico, considerando os pressupostos teóricos atuais definidores da competência comunicativa.
Oriundos dos meados do séc. XX, no seio do Método Áudio-Oral, fruto da associação dos princípios da Psicologia Behaviorista e da Linguística Estrutural, os drills são exercícios de prática mecânica, que assentam na repetição. Com o advento da abordagem comunicativa, foram alvo de uma operação de desinfestação, exilados dos programas, dos currículos, acusados de não gerarem senão deformidades. Desterrados de forma abrupta, sobrevivem, porém, nos manuais e nas práticas dos docentes, muito embora de forma camuflada por complexos didáticos, e, por isso, frequentemente aplicados de forma incorreta, sem que possam revelar-se as suas vantagens. Esta sobrevivência parece sugerir que o seu uso pode ser benéfico, mesmo quando o enfoque dos mediadores do ensino-aprendizagem da língua estrangeira (LE) é comunicativo, tendo em conta, sobretudo, o combate à interferência da língua materna (L1) na interlíngua dos alunos.
Conhecedores dos diferentes tipos de drills e dos princípios que subjazem à sua adequada conceção e implementação, consideramos que são expedientes úteis à Didática das Línguas.
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