Uma reflexão teórica sobre os drills e a sua evolução na programação do ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras: uma mais-valia para a competência comunicativa

Autores

  • Elsa de Jesus Roma Nunes Agrupamento de Escolas André de Gouveia, Évora
  • António Ricardo Mira Universidade de Évora
  • Ramón Pérez Parejo Universidad de Extremadura https://orcid.org/0000-0002-7802-979X

DOI:

https://doi.org/10.34630/sensose.v7i2.3667

Palavras-chave:

Drills, Ensino-aprendizagem da língua estrangeira, Interferências da L1, Abordagem comunicativa, Interlíngua

Resumo

O presente artigo é uma revisão teórica sobre drills. Traça a viagem desde o seu nascimento e aplicação, até às críticas de que foram alvo, assinalando o seu desterro, e propõe a sua reabilitação didática, de modo crítico, considerando os pressupostos teóricos atuais definidores da competência comunicativa.

Oriundos dos meados do séc. XX, no seio do Método Áudio-Oral, fruto da associação dos princípios da Psicologia Behaviorista e da Linguística Estrutural, os drills são exercícios de prática mecânica, que assentam na repetição. Com o advento da abordagem comunicativa, foram alvo de uma operação de desinfestação, exilados dos programas, dos currículos, acusados de não gerarem senão deformidades. Desterrados de forma abrupta, sobrevivem, porém, nos manuais e nas práticas dos docentes, muito embora de forma camuflada por complexos didáticos, e, por isso, frequentemente aplicados de forma incorreta, sem que possam revelar-se as suas vantagens. Esta sobrevivência parece sugerir que o seu uso pode ser benéfico, mesmo quando o enfoque dos mediadores do ensino-aprendizagem da língua estrangeira (LE) é comunicativo, tendo em conta, sobretudo, o combate à interferência da língua materna (L1) na interlíngua dos alunos.

Conhecedores dos diferentes tipos de drills e dos princípios que subjazem à sua adequada conceção e implementação, consideramos que são expedientes úteis à Didática das Línguas.

Biografias Autor

António Ricardo Mira, Universidade de Évora

António Ricardo Mira, Professor Universitário, Departamento de Pedagogia e Educação, Universidade de Évora, Doutor em Ciências da Educação.

Ramón Pérez Parejo, Universidad de Extremadura

Ramón Pérez Parejo, Professor Universitário, Departamento de Didáctica de las Ciencias Sociales, de las Lenguas y de las Literaturas, Facultad de Formación del Profesorado de la Universidad de Extremadura, doutor em Filología Hispánica.

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Publicado

2020-07-22

Como Citar

Roma Nunes, E. de J., Mira, A. R., & Pérez Parejo, R. (2020). Uma reflexão teórica sobre os drills e a sua evolução na programação do ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras: uma mais-valia para a competência comunicativa. Sensos-e, 7(2), 60–71. https://doi.org/10.34630/sensose.v7i2.3667