Internacionalização do ensino superior: para além da mobilidade internacional
DOI:
https://doi.org/10.34630/sensos-e.v6i3.3106Palavras-chave:
Internacionalização do ensino superior, Internacionalização at-home, Interculturalidade e internacionalidade, Cidadania globalResumo
A internacionalização não pode ser implementada na ausência do entendimento sobre as mudanças permanentes a que o mundo global está hoje sujeito e o seu propósito deve ser a melhoria da qualidade e dar um contributo significativo para a sociedade.
Mesmo na presença de um número considerável de estratégias internacionais, nacionais, regionais e locais que dinamizam a internacionalização através da mobilidade, o número de estudantes em mobilidade internacional na área da OCDE em 2015 representa cerca de 5,6% das matrículas a nível mundial, valor que demonstra que a maioria dos estudantes são-no no seu país de origem. O padrão de mobilidade concentra-se num pequeno conjunto de países, moldado por fatores de proximidade, e os maiores países anfitriões são as economias avançadas de língua inglesa.
Proporcionar excelentes oportunidades de mobilidade é fundamental, mas além de oferecer oportunidades para a pequena proporção de estudantes que pode estudar fora, a instituição deve esforçar-se para oferecer, a todos, as competências necessárias para obter sucesso no mundo global.
O objetivo desta comunicação é discutir o conceito de internacionalização at-home e a criação de uma cultura promotora da compreensão internacional ou intercultural que não implique necessariamente o envolvimento em programas de mobilidade ou outras atividades além-fronteiras.