Perceção de violência no trabalho: Contributos para a sua caracterização e intervenção
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.vi11.5233Palavras-chave:
violência no trabalho, profissionais da saúde, professores, Portugal, políciasResumo
De acordo com o último inquérito da Fundação Europeia para as Condições de Vida e de Trabalho publicado em 2022 e intitulado “Working conditions in the time of COVID-19: Implications for the future” (Eurofound, 2022), 12,5% dos trabalhadores na União Europeia experimentaram algum tipo de comportamento social adverso no trabalho no ano anterior ao da publicação, ou seja, em 2021. De modo mais específico, alguns dos resultados obtidos foram os seguintes: as mulheres referiram mais discriminação e intimidação do que os homens em todas as áreas avaliadas; a exposição ao abuso verbal foi mais comum nos trabalhadores mais jovens(16 a 24 anos) e menos referida por trabalhadores mais velhos (56 anos ou mais); os trabalhadores do setor da saúde foram os que sofreram maior exposição de comportamentos intimidatórios.
A presente proposta de comunicação aborda especificamente a violência no trabalho, em particular, a violência contra profissionais no exercício da sua atividade por parte a quem estes prestam serviços. Os principais objetivos que a norteiam são dois: i) contribuir para a caracterização do fenómeno da violência no trabalho no nosso país, incluindo a sua relação com variáveis de natureza individual (ex., sexo, idade) e situacional (ex., perceção de suporte organizacional); e, ii) contribuir para a reflexão e discussão de estratégias passíveis da gestão da violência no trabalho, em particular, as centradas no contexto organizacional.
Para a prossecução dos objetivos traçados, serão apresentados resultados de estudos feitos em contexto nacional com diferentes grupos ocupacionais, nomeadamente, profissionais do setor da saúde, do setor da segurança e do ensino. Os dados foram recolhidos por inquérito, na maioria dos casos online. Para a caracterização da perceção da violência no trabalho foi usada a versão portuguesa (Marques & Silva, 2017) da escala Agression and Violence at Work de Rogers e Kelloway (1997), permitindo esta avaliar três tipo de violência: psicológica, física e vicariante.
Eurofound (2022), Working conditions in the time of COVID-19: Implications for the future, European Working Conditions Telephone Survey 2021 series. Publications Office of the European Union.
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