O Papel das Experiências de Recuperação na relação entre Fadiga e Comportamentos de Segurança: o exemplo de uma Academia Militar
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.vi10.4385Palavras-chave:
Militar, Fadiga, Comportamentos de Segurança, Experiência de RecuperaçãoResumo
O conceito de fadiga associado às designadas High-Reliability Organizations (HRO), organizações que operam em ambientes inerentemente perigosos e que necessitam de uma gestão eficaz da segurança e do risco (Salas e col., 2020), tem vindo a ser debatido na literatura, sobretudo pelas consequências nocivas que a fadiga (física, mental e emocional c.f. Frone e Tidwell, 2015) impõe aos sistemas humanos, podendo condicionar a emergência de comportamentos de segurança.
O presente estudo procura identificar o impacto direto da fadiga, entendida no contexto operacional como “a incapacidade para operar a um nível desejado devido à recuperação incompleta das exigências da atividade laboral prévia ou de outras atividades de vigília” (Gander e col., 2011, p.574) nos comportamentos de segurança. Estes traduzem um conjunto de ações desenvolvidas pelos indivíduos no contexto das organizações, visando a saúde e a segurança dos diferentes atores organizacionais (Christian e col., 2009). De acordo com Griffin e Neal (2000), identificam-se dois tipos de comportamentos de segurança: de cumprimento e de participação. Os primeiros têm um impacto direto na segurança, relacionando-se com ações relativas ao cumprimento de regras e procedimentos e traduzem comportamentos expectáveis tendo em conta as responsabilidades do trabalhador (Martínez-Córcoles e Stephanou, 2017). Por outro lado, os comportamentos de participação associam-se a ações indiretas, frequentemente ligadas à participação voluntária em atividades relacionadas com a segurança (Clarke, 2006).
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