Gestão do trabalho Temporário
Caraterização dos trabalhadores temporários solicitados pelas empresas industriais na Península de Setúbal
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.vi10.4357Palavras-chave:
Gestão do Trabalho Temporário, Trabalhadores Temporários, Flexibilidade Laboral, IndústriaResumo
Num mercado cada vez mais imprevisível e concorrencial é exigida capacidade de adaptação à mudança, obrigando as organizações a adotar uma política de flexibilidade para satisfazer as exigências do mercado (Alves, 2008). A necessidade de flexibilização da força de trabalho fez emergir outras modalidades de emprego que se distanciam dos modelos tradicionais como foi a proliferação de contratos atípicos, onde se destaca o trabalho temporário. Esta forma de trabalho constitui um instrumento de gestão empresarial para a satisfação de necessidades de mão-de-obra pontuais, imprevistas ou de curta duração, respondendo às flutuações da procura (Vaz, 2000). As empresas de trabalho temporário (ETT) têm-se consolidado, tornando-se num fenómeno crescente na maioria dos países desenvolvidos. Com efeito, em 2016 existiam cerca de 169.000 empresas de trabalho temporário no mundo, com 260.000 empresas-cliente que empregavam 50 milhões de trabalhadores (CIETT, 2017). Tendo por base este enquadramento, este estudo tem como objetivo geral, proceder à caraterização dos trabalhadores temporários do setor da metalomecânica, na Península de Setúbal. Como objetivos específicos pretende-se identificar e caraterizar que perfis de trabalhadores temporários estão a ser solicitados e que tipo de regimes de trabalho estão a ser oferecidos por estas empresas. No meio empresarial existe a convicção de que a flexibilidade do emprego é uma fonte importante da competitividade, levando, porém, à desestabilização das pessoas e do sistema social da empresa (Kovács, 2002, 1998). A proliferação dos empregos instáveis com recurso aos contratos a termo certo fragiliza a acumulação de competências e pode reduzir a empregabilidade dado que as sucessivas recolocações no mercado de trabalho são curtas e com frequentes interrupções (Cuyper & Witte, 2007). [...]
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