Olhares de resistência e denúncia em Uanhenga Xitu, Pepetela e Ondjaki
DOI :
https://doi.org/10.34630/e-rei.vi11.5323Mots-clés :
Angola, corrupção, resistência, poder político, denúnciaRésumé
Este artigo pretende apresentar leituras de resistência e denúncia ao/no poder instituído, tendo por base narrativas contemporâneas de escritores angolanos. A corrupção, o tráfico de influências e o abuso de poder tornaram-se comuns em novos estados de África e a ficção tem sido um meio privilegiado para refletir sobre questões fraturantes que criam cicatrizes profundas nas sociedades contemporâneas. Pretende-se, assim, analisar os olhares de resistência e de denúncia de Uanhenga Xitu, Pepetela e Ondjaki sobre a sociedade e poder político em Angola.
Références
Alves, M. T. A. (1997). “O Desejo de Kianda: crônica e Efabulação”. Scripta, V.1, nº 1, 2º sem. (pp. 237-245). http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/10160/8272.
Amundsen, I. (1999). “Political Corruption: An Introduction to the Issues”. Bergen, Norway: Chr. Michelsen Institute, Development Studies and Human Rights. Retirado de https://www.cmi.no/publications/file/1040-political-coiTuption.pdf.
Armillas-Tiseyra, M. (2019). The Dictator Novel: Writers and Politics in the Global. South Northwestern University Press. Retirado de https://www.academia.edu/39946712/The_Dictator_Novel_Writers_and_Politics_in_the_Global_South.
Bourdieu, P. (1996). As Regras da Arte. Génese e Estrutura do Campo Literário. São Paulo: Companhia das Letras.
Castro, F. (2012). “A Ironia e a distopia em O Cão e os Caluandas, de Pepetela e O Último Voo do Flamingo, de Mia Couto”. Pensardiverso.
Funchal: Universidade da Madeira, nº 3.(pp. 75-95). Retirado de https://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/1742/1/A%20IRONIA%20E%20A%20DISTOPIAFernandaCastro.pdf.
Chêne, M. (2011). “Overview of corruption and anti-corruption in Angola”. Bergen: U4 Anti-Corruption Resource Centre, Chr. Michelsen Institute (U4 Helpdesk Answer), 2011. Retirado de https://www.u4.no/publications/overview-of-corruption-and-anti-corruption-in-angola.
Corruption Perceptions Index 2016. (2016) Retirado de https://www.transparency.org/en/news/corruption-perceptions-index-2016#
Corruption Perceptions Index Report 2016. Retirado de https://images.transparencycdn.org/images/2016_CPIReport_EN.pdf.
de Tocqueville, A. Democracy in America. The University of Chicago Press, 2000 [1835].
Fonseca, J. B.. (2017). “The Authoritarian Government of Angola learning High-Tech Surveillance”. Surveillance & Society 15 3/4 (pp. 371-380). http://dx.doi.org/10.24908/ss.v15i3/4.6641.
DR (2007). “Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção” (UN 2003). Diário da República, 1.ª série — N.º 183 — 21 de set. Retirado de https://dre.pt/application/dir/pdf1sdip/2007/09/18300/0669706738.PDF.
Frade, A. M. D. (2007). A Corrupção no Estado Pós-colonial em África. Duas Visões Literárias. Porto: Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto. e-book.
Freedom House. (2022). Retirado de https://freedomhouse.org/country/angola/freedom-world/2022.
Gonçalves, J. (2017). Opinião do Dia. Expressão de Liberdade. Crónicas RDP África. Lisboa: Edições Colibri.
Lusa (2021) “Direitos humanos: Angola deu “passos significativos”, mas “cultura de impunidade” mantém-se, dizem EUA.” Público, 30 mar. Retirado de https://www.publico.pt/2021/03/30/mundo/noticia/direitos-humanos-angola-deu-passos-significativos-cultura-impunidade-mantemse-eua-1956573.
Lusa (2018). “Escritor angolano Ondjaki considera audiência de Presidente com ativistas é ‘bom sinal’”. Diário de Notícias, 04 dezembro. Retirado de https://www.dn.pt/lusa/escritor-angolano-ondjaki-considera-audiencia-de-presidente-com-ativistas-e-bom-sinal--10274275.html.
Marques, Rafael (2011). Diamantes de Sangue. Corrupção e Tortura em Angola. Lisboa: Tinta-da-China.
Miguel, A. (2016). Os malefícios da corrupção política na concretização do Estado Democrático de Direito Angolano (Dissertação de Mestrado). Lisboa: Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa Retirado de https://run.unl.pt/bitstream/10362/18479/1/Miguel_2016.pdf.
Nascimento, E. (2014). “Introdução. A Literatura à Demanda do Outro”. In Essa estranha instituição chamada literatura: uma entrevista com Jacques Derrida. Derrida, Jacques. Belo Horizonte: Editora UFMG (pp.7-42). Retirado de http://www.poscritica.uneb.br/wp-content/uploads/2021/01/DERRIDA-Jacques.-Essa-estranha-institui%C3%A7%C3%A3o-chamada-literatura.pdf
Ndomba, B. (2023). “Angola: Um ano de ‘opressão’ para os ‘presos políticos’. DW, 10 de jan.. Retirado de https://www.dw.com/pt-002/angola-um-ano-de-opress%C3%A3o-para-os-presos-pol%C3%ADticos/a-64334362.
Ondjaki. (2012). Os transparentes. Lisboa: Caminho.
Pepetela. (1985). O Cão e os Caluandas. Lisboa: Publicações Dom Quixote.
Pepetela. (1995). O Desejo de Kianda. Lisboa: Publicações Dom Quixote.
Pepetela. (2003). “Entrevista a Maura Eustáquia de Oliveira. Pepetela: humor e sonho na vida de um contador de histórias.” Contatos e ressonâncias: literaturas africanas de língua portuguesa, Leão, Ângela Vaz. Belo Horizonte: PUC Minas.
Pepetela. (2018). Sua Excelência, de corpo presente. Lisboa: Leya.
Ribeiro, R. (2012). “Que fazer enquanto Luanda arde?” Público (online). 9 nov. Retirado de https://www.publico.pt/2012/11/09/jornal/que-fazer-enquanto-luanda-arde-25523600.
Said, E. (1995). Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras.
Secco, C. T. (2003). A magia das letras africanas: Ensaios escolhidos sobre as literaturas de Angola, Moçambique e alguns outros diálogos. Rio de Janeiro: ABE Graph Editora e Barroso Produções Editoriais.
Thiong'o, Ngũgĩ wa (1986). Decolonising the Mind: The Politics of Language in African Literature. London: James Currey Ltd / Heinemann.
UNDP. (2018). “Conferência Internacional sob o lema ‘O Ministério Público no Combate a Corrupção e a Impunidade’ no âmbito da Semana da Legalidade e do 39º Aniversário da Institucionalização da Procuradoria Geral da República”. Retirado de https://www.undp.org/content/dam/angola/docs/documents/20180423%20RC%20Discurso%20Anti%20Corrupcao_CM.pdf.
Venâncio, J. C. (1991). “Uanhenga Xitu: O Homem, o Político e o Escritor. Uma Referência Obrigatória para a Construção da Nação em Angola”. Revista Crítica de Ciências Sociais, nº 33, outubro (pp. 217-227). Retirado de https://www.ces.uc.pt/publicacoes/rccs/artigos/33/Jose%20Carlos%20Venancio%20%20Uanhega%20Xitu,%20O%20Homem,%20O%20Politico%20e%20o%20Escritor.pdf.
Xitu, U. (1990). O Ministro. Porto: Edições ASA para a União dos Escritores Angolanos.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© E- Revista de Estudos Interculturais 2023
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.