Estílistica (cognitiva) comparada no currículo disciplinar do curso de Tradução Especializada do ISCAP
DOI:
https://doi.org/10.34630/polissema.vi1.3442Palavras-chave:
tradução, tradução especializada, EstilistícaResumo
A reflexão que nos propomos apresentar tem por finalidade dar a conhecer as linhas centrais do conteúdo programático da cadeira de Estilística Comparada - Língua Inglesa, tal como foi leccionado no ano lectivo de 1999/2000, para que, com base nessa exposição, se torne possível avaliar as suas potencialidades e limites, bem como esboçar futuras re-orientações metodológicas. Que âmbitos de análise estilística deverá privilegiar uma disciplina dirigida a futuros Tradutores Especializados? O regime semestral e a carga horária semanal de duas horas não autorizam um programa ambicioso no que respeita à extensão de conteúdos. Há todavia um princípio geral que deverá nortear qualquer leccionação: a necessidade de desmantelar a carga semântica de frivolidade que os alunos frequentemente conferem ao termo “estilística”. Preocupámo-nos por isso (correndo o risco de ser, ou não, bem sucedidos), em talhar um plano de estudos relevante para o futuro Tradutor Especializado, o qual passa, numa primeira etapa, pela reconceptualização dos conceitos tradicionais de estilística/ estilo/ figura, partindo da evidência de que qualquer produto verbal, até mesmo o texto técnico, se constroi e ostenta “traços estéticos”. Desses “traços” emerge um que é indissociável do funcionamento cognitivo em geral e do trabalho do tradutor em particular: a dimensão metafórica/figurativa dos sistemas linguísticos. Utilizando uma perspectiva comparativa, analisamos, numa segunda etapa, realizações de superfície de modelos cognitivos idealizados das línguas inglesa e portuguesa.
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