DO VIAJANTE AO TURISTA: VIAGENS E VIAJANTES PORTUGUESES EM ESPANHA EM FINAIS DO SÉCULO XIX
DOI:
https://doi.org/10.34630/polissema.v0i14.3003Palavras-chave:
turismo, viagens, viajantes, Literatura de viagens, Espanha, meios de transporteResumo
Carlos García-Romeral assinala com lucidez o paradoxo. “Viajar desde Portugal a España en el siglo XIX parece una empresa fácil. Dos países vecinos con una larga frontera desde el norte gallego, pasando por Tierra de Campos, Extremadura hasta Andalucía. Extensa frontera más frecuentada por contrabandistas, bandidos, partidas guerrilleras de uno o otro país, que por viajeros que se interesasen en recorrer, ver y contar lo que pasaba a uno u otro lado de la frontera hispano-portuguesa. Dos países que parecen vivir de espaldas.” (GARCIA-ROMERAL, 2001: 9). A proximidade geográfica não implicava, de facto, facilidade na deslocação, dadas as precárias condições dos transportes. Este artigo consagra-se à descoberta dessa era de transição entre o que muitos investigadores designam como “viagem verdadeira” e a era do turismo. Faremos, em primeiro lugar, uma breve explicação da passagem das viagens de exploração para as viagens turísticas, para, num segundo momento nos concentrarmos na figura e perfil do viajante, mormente o viajante português que se desloca a Espanha. Finalizaremos com uma reflexão sobre a importância da evolução dos meios de transporte, sobretudo a partir da segunda metade do séc. XIX, com a introdução e do desenvolvimento da rede ferroviária ma Península Ibérica, que operaria uma verdadeira revolução nos modos de viajar, inaugurando a chamada “era do turismo”.
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