AMORES INCERTOS: ELENA FERRANTE E A CRÍTICA DA PERFORMATIVIDADE “FEMININA”

Autores

  • Verônica Daminelli Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.34630/polissema.v0i15.2990

Palavras-chave:

Elena Ferrante, identidade feminina, performatividade de gênero, Itália

Resumo

O principal objetivo deste artigo é analisar as protagonistas femininas do livro “Crônicas do Mal de Amor”, da italiana Elena Ferrante, como exemplos que ilustram o rompimento do imaginário comum sobre as mulheres, questionado com a sua “identidade natural”. Elena escreve as suas personagens em conflito constante com os processos discursivos dominantes que se concretizam pela repetição de atos performativos socioculturais. Além de mostrar a relevância de uma literatura que problematiza a subjetividade das mulheres numa atualidade em que o “ser-mulher” continua engessado dentro de um senso comum, ou daquilo que Judith Butler chamou de “performatividade de gênero”, tal trabalho visa a ilustrar de que modo a escrita de Ferrante dramatiza o “real” e tenta subverter e conflituar a inteligibilidade do gênero “feminino” sobretudo pelos conflitos ligados à maternidade e à noção do binarismo heteronormativo patriarcal complementar que sustenta a superioridade masculina na esfera pública.

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Publicado

2019-04-05

Como Citar

Fernandes, V. D. (2019). AMORES INCERTOS: ELENA FERRANTE E A CRÍTICA DA PERFORMATIVIDADE “FEMININA”. POLISSEMA – Revista De Letras Do ISCAP, 1(15), 221–241. https://doi.org/10.34630/polissema.v0i15.2990

Edição

Secção

Artigos