A INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS – REFLEXÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DE UMA PROFISSÃO (UM ENSAIO)
DOI:
https://doi.org/10.34630/polissema.v0i14.3047Palabras clave:
interpretação in situ, interpretação remota, qualidade, desempenho, formação em interpretaçãoResumen
A interpretação de línguas é um processo complexo de comunicação em que intérpretes viabilizam a interlocução entre dois ou mais falantes de idiomas diferentes. Este mesmo processo poderá ocorrer em modos distintos e em vários cenários, como por exemplo simultânea e/ou consecutivamente em reuniões de pequenas dimensões, conferências multilingues, etc.
Devido ao desenvolvimento de meios tecnológicos sofisticados, a possibilidade de comunicação à distância teve, por sua vez, um grande impacto na prática da profissão de interpretação: surge a interpretação remota como modalidade alternativa à forma mais tradicional da interpertação in situ. Sendo assim, a própria tecnologia torna viável o distanciamento físico do intérprete dos seus interlocutores. Esta forma de interacção mais impessoal e menos directa tem vindo a causar relutância por parte dos profissionais de interpretação face a esta modalidade de trabalho mais recente. Uma das razões que levam a esta atitude menos positiva será o facto de os intérpretes considerarem que os meios tecnológicos nem sempre são capazes de transmitir os elementos não-verbais tal como uma situação de comunicação presencial. Todos estes factores poderão, consequentemente, comprometer significativamente a qualidade das tarefas interpretativas realizadas em circunstâncias de interpretação remota.
Torna-se pertinente a reflexão sobre a prática desta indispensável profissão em constante evolução, fenómeno este que tem vindo igualmente a ter um impacto significativo nas estratégias pedagógicas no âmbito da formação de alunos-intérpretes. Será este o principal objectivo deste ensaio.
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