FAZER UMA HISTÓRIA DA PRÓPRIA VIDA. NARRATIVA PESSOAL E MEMÓRIA COMUNICATIVA EM «PAUL SCHATZ IM UHRENKASTEN», DE JAN KONEFFKE

Autores

  • Anabela Valente Simões

DOI:

https://doi.org/10.34630/polissema.v0i11.3089

Palavras-chave:

Identidade, (Pós)memória, Memória comunicativa, Representação do Holocausto, Vergangenheitsbewältigung

Resumo

O presente trabalho propõe uma reflexão sobre as noções de identidade e narrativa pessoal, tópicos que se encontram estreitamente relacionados com a
capacidade de auto-representação de um sujeito. Tendo em conta que a autorepresentação é necessariamente elaborada a partir de processos de rememoração, a questão da memória enquanto elemento que directamente influencia a formação identitária torna-se num tópico emergente. Com este objectivo em mente, sublinharei a importância da noção de continuidade biográfica, da capacidade de elaboração de uma narrativa pessoal, enquanto prerrogativa essencial para que o sujeito alcance um sentido de coerência e coesão identitárias. Por outro lado, argumentarei que não serão apenas as memórias resultantes da experiência do sujeito a contribuir para o processo da sua formação identitária; no caso concreto das gerações pós-Holocausto, as narrativas recebidas do passado, memórias transmitidas quer de forma simbólica, quer através dos elementos mais velhos do grupo – o que entretanto designamos de “pós-memória” – também influenciam o mapa identitário de um sujeito. Este enquadramento teórico será ilustrado com base no romance Paul Schatz im Uhrenkasten, do escritor alemão de segunda-geração Jan Koneffke.

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Publicado

2019-05:-06

Como Citar

Simões, A. V. (2019). FAZER UMA HISTÓRIA DA PRÓPRIA VIDA. NARRATIVA PESSOAL E MEMÓRIA COMUNICATIVA EM «PAUL SCHATZ IM UHRENKASTEN», DE JAN KONEFFKE. POLISSEMA – Revista De Letras Do ISCAP, (11), 37–69. https://doi.org/10.34630/polissema.v0i11.3089

Edição

Secção

Artigos