A ARTE LITERÁRIA E O DISCURSO HISTÓRICO: PARCERIAS E CONTRIBUIÇÕES PARA HISTORIOGRAFIA
DOI:
https://doi.org/10.34630/polissema.v0i15.2988Palavras-chave:
Arte literária, Povos Indígenas, Afirmação Identitária, Discurso HistóricoResumo
O presente trabalho traça uma abordagem sobre a contribuição significativa da obra literária indianista de Antônio Torres em Meu Querido Canibal que narra a trajetória das comunidades indígenas Tupinambá e Tupiniquim e a sua relação com portugueses e franceses no período da colonização brasileira. Através da ficção literária coloca-se em evidência A Confederação dos Tamoios, fato histórico que uniu índios na maior organização de resistência aos colonizadores portugueses, apresentando-nos personagens indígenas que protagonizaram a nossa história colonial, e que assumem uma postura de herói numa versão avessa ao romantismo indianista, trazendo contribuições significativas para a história social referente à etnicidade, como também fontes inseridas na micro-história detectadas no período colonial - o processo de conquista entre colonizadores e nativos através da exploração, escravização etnocentrada e excludente; a importante contribuição da mão-deobra escrava de índios para dinâmica interna do Brasil indígena na formação da colônia; a resistência pela preservação cultural da comunidade indígena Tupinambá. Para tanto nos embasamos em teóricos como Hayden White (1994), Bernucci (2000), Pesavento (2000), Bernd (1992), Thompson (1998), que reconhecem a importância da ficção literária como objeto de reconhecimento para analisar o discurso histórico e reler fatos da micro-história.
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