Análise de variantes no gene STK11 e sua influência na resposta à imunoterapia
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Palavras-chave

alterações genéticas
STK11
cancro do pulmão
imunoterapia

Como Citar

Bessa, A., Pina, M., Domigues, P., Dias, M., Pinto, C., Cirnes, L., & Silva, R. (2023). Análise de variantes no gene STK11 e sua influência na resposta à imunoterapia. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 1(1), 28. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i1.5168

Resumo

Introdução: A imunoterapia é uma das ferramentas terapêuticas de sucesso usadas no tratamento do cancro de pulmão, contudo alguns doentes apresentam progressão da doença ou morte. O gene Serine/ threonine Kinase 11 (STK11) está descrito como tendo um papel na fisiologia do sistema imune (SI) e que alterações genéticas no mesmo podem influenciar negativamente a resposta dos pacientes à imunoterapia [1]. Objetivo:  Estudar alterações genéticas no gene STK11 em pacientes com cancro de pulmão sujeitos a imunoterapia e a sua possível associação com a resposta do doente à terapêutica. Métodos: Após extração do DNA de amostras de cancro pulmonar foi realizado um PCR multiplex para amplificação de 9 exões do gene STK11, os quais foram sequenciados para pesquisa de alterações genéticas. Os pacientes foram divididos em dois grupos: “apresentaram boa resposta à terapia” e “apresentaram má resposta à terapia”, para efetuar curvas de sobrevivência que relacionam resposta à terapia com alterações em STK11.Resultados: Foram detetadas e classificadas como patogénicas ou provavelmente patogénicas 13 alterações no gene STK11, não tendo sido identificada uma zona do gene ou exão com mais propensão a alterações. Pacientes com alterações no gene STK11 apresentaram pior sobrevida global e pior sobrevida livre de progressão de doença [2-6]. Conclusões: Estes resultados sugerem que o gene STK11 deve ser estudado na sua totalidade aquando da decisão terapêutica e que deve ser incluído em painéis de Sequenciação de Nova Geração (NGS), uma vez que foram detetadas alterações neste gene com valor preditivo negativo na resposta à imunoterapia.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i1.5168
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Referências

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Direitos de Autor (c) 2023 Ana Bessa, Maria Pina, Patrícia Domigues, Margarida Dias, Carla Pinto, Luís Cirnes, Regina Silva