Quimioembolização hepática com microesferas
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Keywords

Quimioembolização Hepática
Embolização
Cancro do Fígado
Microesferas
Doxorrubicina

How to Cite

Candido, A. S., Branquinho, J., Cardoso, M., & Caetano, J. (2023). Quimioembolização hepática com microesferas. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 1(3), 17. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i3.5415

Abstract

Enquadramento: A quimioembolização com microesferas tem vindo cada vez mais a ser utilizada no tratamento do cancro do fígado. Ao longo da última década esta técnica tem vindo a evoluir, uma vez que, permite a incorporação de medicamentos em microesferas, possibilitando uma maior capacidade biodegradável, qualidade da imagem imagiológica e posteriormente melhores resultados clínicos nos doentes. Esta técnica é frequentemente realizada pela via intra-arterial, de forma especifica e direcionada ao local do tumor, associada a um medicamento citotóxico (doxorrubicina, irotecano) incorporado em microesferas. O seu tamanho foi desenvolvido intencionalmente para embolizar os vasos cancerígenos, tendo como principal mecanismo de ação a inibição mecânica dos vasos que irrigam as células cancerígenas, e como mecanismo de ação secundário a libertação do fármaco citotóxico incorporado nas microesferas, numa dose e local especifico do tumor embolizado. Objetivo: Demonstrar as vantagens da quimioembolização com microesferas no cancro do fígado. Métodos: Revisão bibliográfica de estudos que demonstram as vantagens da quimiembolização com microesferas, em doentes com cancro do fígado. Resultados: Vários estudos em doentes com cancro do fígado, demonstraram um bom perfil de segurança e tolerância desta técnica, bem como resultados interessantes e promissores, sem efeitos adversos graves e com 67% de remissão do tumor em 6 meses de tratamento. Algumas das vantagens demonstradas foram: melhor repartição intra-tumoral, com uma maior concentração do fármaco e a uma melhor taxa de resposta com menores efeitos colaterais, carregamento rápido e estável do medicamento citotóxico, diminuição das concentrações sistémicas do fármaco e a uma maior concentração do mesmo no interior do tumor. Conclusões: Em suma, vários estudos clínicos de quimioembolização hepática com microesferas demonstraram uma excelente tolerabilidade e melhores resultados clínicos na remissão do tumor. No entanto, são necessários mais estudos e ensaios clínicos randomizados de forma a tornar esta técnica cada vez mais otimizada e especifica.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i3.5415
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https://doi.org/10.1016/j.actbio.2021.05.031

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