Novas abordagens terapêuticas no cancro gástrico: uma revisão narrativa
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Palavras-chave

cancro gástrico
adenocarcinoma gástrico
terapia dirigida
quimioterapia adjuvante

Como Citar

Almeida, A. M., Alexandre, P. A., & Cruz, R. (2024). Novas abordagens terapêuticas no cancro gástrico: uma revisão narrativa. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 2(1), 10. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i1.5502

Resumo

Enquadramento: O cancro gástrico é uma patologia maligna que tem origem no estômago. É, atualmente, o 5º tipo de cancro mais comum e a 4ª principal causa de morte, a nível global [1,2]. Como existem ainda poucas estratégias terapêuticas com benefícios significativos quanto à sobrevida do doente, foram recentemente aprovadas novas terapias. Estas atuam sobre alvos específicos das células cancerígenas inibindo o seu crescimento [3]. Objetivo: Analisar a terapêutica medicamentosa com aprovação recente para o cancro gástrico. Métodos: Este estudo consiste numa revisão narrativa da literatura. A pesquisa de informação foi realizada nas bases de dados PubMed, Google Scholar e Scielo. Foram incluídos artigos científicos e ensaios clínicos randomizados, publicados entre 2018 e 2023, em língua inglesa. Para a pesquisa dos medicamentos aprovados desde 2010 foi realizada a consulta das guidelines internacionais do carcinoma gástrico da European Society for Medical Oncology (ESMO) [3]. Resultados: As guidelines da ESMO estruturam três linhas de terapia combinada que contêm trastuzumab (anticorpo anti-HER2), nivolumab e pembrolizumab (inibidores da PD-1), ramucirumab (anti-VEGF) e trifluridina/tipiracil (análogo da timidina combinado com um inibidor da timidina fosforilase). Trata-se de fármacos com uma boa tolerância ou efeitos adversos controláveis e, nalguns casos, com um aumento significativo na sobrevida global [4-6]. Conclusões: As estratégias terapêuticas recentes para o cancro gástrico, disponíveis em diferentes linhas de tratamento e com mecanismos de ação variados, fornecem alguns resultados positivos devendo, no entanto, ser alvo de mais investigação.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v2i1.5502
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Referências

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