Cursos profissionais do Ensino Secundário: processos, impactos e desafios
DOI:
https://doi.org/10.34630/sensos-e.v7i1.3276Palavras-chave:
Oferta educativa profissional, Ensino profissional em Portugal, Cursos profissionaisResumo
Este artigo analisa o ensino profissional de nível secundário desde a reforma do ensino técnico de 1948 do Estado Novo, passando pela reforma Veiga Simão nos anos 70 e rejeitado pelos ideais do 25 abril de 1974. Em 1983 foi reintroduzido nas escolas secundárias (Reforma Seabra) face a novo conceito vocacionalista emergente, a entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia (CEE). Seguiram-se novas configurações de ensino profissional nesse sistema a partir de 1987 com a inclusão dos cursos tecnológicos. Estes foram inseridos nas escolas secundárias públicas em 2004 com o objetivo de incrementar a oferta de mão-de-obra qualificada e contribuírem para o aumento da escolarização do ensino secundário e para a diversificação da oferta formativa de dupla certificação.
Os dados obtidos para a realização do estudo passaram pela recolha da perceção dos principais atores intervenientes dos cursos profissionais, onde se incluem os alunos e os diretores dos cursos, relativamente à sua importância, qualidade e função social. Os resultados foram recolhidos por via da aplicação de inquéritos por questionário aos alunos e de entrevistas semiestruturadas aos diretores de cursos, em duas escolas secundárias públicas do Grande Porto, com tradição no ensino técnico e por lecionarem cursos profissionais desde 2004.