A metodologia de investigação-ação participativa na reabilitação psicossocial de pessoas com doença mental
DOI:
https://doi.org/10.34630/sensos-e.v4i1.2543Palavras-chave:
Doença mental, participação, reabilitação psicossocial, investigação-ação participativaResumo
Devido ao processo de desinstitucionalização, a prestação de cuidados ao nível da saúde mental (SM) está a deixar de ser centralizada nos hospitais psiquiátricos, que muito em breve deixarão de existir em conformidade com as diretrizes do Plano Nacional de Saúde Mental – PNSM (2007-2016), para ser desenvolvida na comunidade. Para além dos cuidados clínicos, e mais do que tratar a sintomatologia, é necessário mudar algumas atitudes e representações para que a pessoa com doença mental (DM) seja encarada na sua globalidade e de forma integrada, considerando a sua história e contextos de vida. A pessoa com DM é cidadã de pleno direito e deve ter voz ativa e participativa em tudo o que a envolve, de forma a conseguir uma reabilitação psicossocial ajustada. A utilização de metodologias de investigação e de ação que se traduzam em possibilidades de mudança para os sujeitos envolvidos é um desafio atual e urgente. Com este artigo pretende-se partilhar o projeto “Reabilitar em saúde mental: Uma abordagem integrada, integral e participada”, desenvolvida no âmbito do Mestrado em Educação e Intervenção Social, na especialização em Ação Psicossocial em Contextos de Risco, e, a partir dele, refletir sobre a importância e o impacto da utilização da metodologia de investigação-ação participativa na reabilitação psicossocial de pessoas com DM.