Tocar-na-assistência e Ouvir-na-assistência: Os efeitos do contexto na representação mental da música

Autores

  • José Carlos Godinho Escola Superior de Educação de Setúbal

DOI:

https://doi.org/10.26537/rmpe.vi3.2405

Resumo

O presente artigo assenta na ideia de que os objectos musicais que ouvimos são representados mentalmente em ligação significante com a restante informação recolhida no contexto de aprendizagem e que este todo complexo é determinante na maneira como recordamos e pensamos em música. O Coneccionismo funciona como a teoria de suporte, já que permite uma concepção de estruturas mentais que preservam as ligações entre objecto e contexto e, portanto, a coexistência significante de diversos tipos de informação distribuídos pelo cérebro. A complexidade contextuai de Tocar-na-Assistência é, neste sentido, teoricamente reforçada como um enriquecimento ecológico com efeitos positivos aos níveis da aquisição e da organização da representação mental. A tese é validada através de uma experiência que compara uma condição de controle de 125 crianças a ouvir uma peça de música gravada com uma condição experimental de 125 crianças a tocar ritmos em simultâneo com a mesma gravação. Num teste de identificação auditiva de excertos da peça musical, o grupo experimental obtem classificações melhores com significado estatístico. 

Biografia Autor

José Carlos Godinho, Escola Superior de Educação de Setúbal

Professor Coordenador de Educação Musical na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal e Professor convidado da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Membro do Centro de Investigação em Psicologia  da Música e Educação Musical da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. Mestre e Doutor em Educação Musical pelo Institute of Education, University of London, sob a orientação do Professor Keith Swanwick. Desde os anos 80 que se dedica à formação de professores em Portugal continental, Madeira e Açores, mas também em Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Angola, bem como no Chipre. Pertence aos Conselhos Editoriais e Científicos da revista em educação Medi@ções, da ESE de Setúbal, e da Revista de Educação Artística da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia da Secretaria Regional de Educação da Madeira. Tem criado e publicado materiais pedagógicos, que incluem a autoria de mais de uma centena de canções para a infância e dez manuais escolares para Educação Musical. Tem desenvolvido investigação sobre questões pedagógicas, tais como: audição de música gravada em sala de aula; memória musical; música e corpo; teatro musical nas escolas; qualidade musical e avaliação. As publicações mais recentes incluem: As Artes no Jardim-de-Infância. Textos de Apoio para Educadores de Infância (coautor com Maria José Brito). Lisboa: Ministério da Educação, Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (2010); Educação Musical 5.º ano. Lisboa: Santillana (2012); Educação Musical 6.º ano. Lisboa: Santillana (2013); Audição Musical Participada. Revista de Educação Musical. Lisboa: APEM (2013, no prelo).

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Publicado

2001-01-10

Como Citar

Godinho, J. C. (2001). Tocar-na-assistência e Ouvir-na-assistência: Os efeitos do contexto na representação mental da música. Revista Música, Psicologia E Educação, (3), 17–30. https://doi.org/10.26537/rmpe.vi3.2405