Na corda bamba entre competição e a cooperação
subsídios para a compreensão de algumas estratégias negociais da GRH como intermediária
DOI:
https://doi.org/10.26537/rebules.vi29.2634Palavras-chave:
Gestão de Conflitos, GRH, Competição, ColaboraçãoResumo
No binómio conceptual entre competição e cooperação algumas investigações postulam quadros estruturais para aferir como os departamentos de GRH nas organizações gerem os seus conflitos, numa lógica de cliente interno . Esses departamentos manifestam-se de acordo com as suas idiossincrasias, negociando de modo competitivo, sem descurar acções mais cooperativas que facilitam acordos . Os departamentos que actuam na proximidade dos clientes estão, frequentemente, vocacionados para a maximização dos lucros, em consonância com as necessidades dos clientes . As unidades ‘de suporte’ (tecnoestrutura) estão mais orientadas para a minimização de custos (portadoras de uma pesada herança pós-taylorista), produzindo ou comprando com eficácia, mas numa lógica de salvaguarda dos interesses dos colaboradores . O objectivo comum direcciona-se para um equilíbrio entre as expectativas do cliente e a filosofia de negócio da empresa. Este ensaio, que tem em Deutsch (2000) um impulsionador conceptual, é inspirado numa dissertação doutoral (Moreira, 2010) e visa promover o debate sobre estes dois eixos/estilos negociais na lógica da GRH. A gestão de relações profissionais por parte da GRH é uma gestão de emoções que pode activar fontes de conflitos, dado o exercício de poder que implica (Moreira, 2010). A ‘eficácia’ negocial da GRH é dependente da adaptação da(s) técnica(s) de negociação apropriada(s) à função (mais ou menos instrumental) . No entanto, empiricamente, boa parte das teorias da organização concentra energias na inserção das relações conflituais num quadro sindical, ao invés de uma aposta mais evidente na GRH que, no nosso entender, se poderá revestir de uma importância significativa na (inter) mediação entre as partes .