Qualidade de emprego na União Europeia

uma análise de Clusters

Resumo

Nos países da União Europeia (UE) existem grandes diferenças no que toca às condições de trabalho. O objetivo deste estudo foi perceber como se agrupam os vários países da UE de acordo com a qualidade e características do emprego. Para definir a qualidade do emprego, considerou-se que estamos perante um “bom trabalho” quando os trabalhadores possuem direitos, salários justos e adequados, bons relacionamentos com colegas e superiores, oportunidades de crescimento, motivação e satisfação com a função adequada, proteção e segurança no ambiente de trabalho, assim como uma conciliação do trabalho favorável com a vida pessoal.

Foram recolhidos dados disponibilizados pelo European Union Statistical Office (Eurostat) sobre os países da União Europeia durante o ano de 2015. Para representar os rendimentos do trabalho, considerou-se a variável “Salários mensais”. Para representar o equilíbrio entre a vida profissional e familiar, usou-se as “Horas semanais”, que medem o número médio de horas de trabalho semanais habituais dos trabalhadores por conta de outrem num turno de trabalho. Para o desenvolvimento de competências e formação, utilizou-se a percentagem de pessoas empregadas cuja experiência e competências profissionais são consideradas úteis para encontrar outro emprego, designada por “Experiência profissional útil”. Como proxy das relações de trabalho, usou-se a variável “Relação com o supervisor”, medida pela percentagem de pessoas empregadas que consideram ter uma boa relação com o seu supervisor. Considerou-se ainda a variável qualitativa “Região”, com quatro níveis: Europa do Sul; Europa do Norte; Europa Ocidental e Europa de Leste.

Fez-se uma análise exploratória no software RStudio, com o propósito entender os dados e as relações existentes entre as variáveis analisadas. Posteriormente, procedeu-se à constituição de clusters, pelo método hierárquico. [...]