A igualdade entre mulheres e homens no município de Vila Nova de Gaia: estudo comparativo com a área metropolitana do Porto
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.vi12.6052Palavras-chave:
Género, Administração Pública, Análise Estatística de Dados, Balanços Sociais, Conciliação, Plano Municipal de IgualdadeResumo
O reiterado aviltamento da temática da Igualdade entre Mulheres (M) e Homens (H) (Lewis et al., 2017), associado aos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (ODS), subleva o impreterível papel da Gestão dos Recursos Humanos na conscientização das suas subtilezas que influenciam a definição das prioridades de intervenção numa entidade (Alimo-Metcalfe, 1994, citado por Dickens, 1998). Nomeadamente, quando confrontados com a índole contínua de longo-prazo e sempre incompleto do gendering e, portanto, com a incessante luta de se desconstruir as conceções sociais restritivas (Bacchi, 2017), de forma a se atingir o igual posicionamento das mulheres e dos homens nas várias esferas (CIG, 2021). Deste modo, analisamos uma entidade cujas competências materiais se pautam pela integração da perspetiva de género em todos os seus domínios de ação e que se encontra a atuar ativamente neste âmbito a partir do seu Plano Municipal de Igualdade, que tem atingido na sua implementação as quotas percentuais de execução (Município de Vila Nova de Gaia, 2023). Logo, com o intuito de apurar e comparar a realidade organizacional no propósito de a melhor gerirmos (Shen, 2009), analisamos a massa crítica dos homens e das mulheres e as respetivas relações e tendências, na sua qualidade de Pessoas iguais, na Câmara Municipal de Gaia (CMG), ao longo dos anos, comparando-se, posteriormente, com os restantes 14 dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP), em 2022, na medida em que existe uma carência tanto ao nível da recolha de informação desagregada por género, como na construção de uma visão comparativa com o Norte (Município de Vila Nova de Gaia, 2023). Assim, através, do instrumento de planeamento estratégico organizacional e de gestão dos recursos humanos regulado por lei - os Balanços Sociais - e de dados complementares na ótica da Conciliação da Vida Profissional, Pessoal e Familiar, foram realizadas, através do SPSS e EXCEL, análises exploratórias, representações gráficas, testes de hipóteses, testes de independência, previsões de série temporal, análise fatorial, análise de clusters e validação da qualidade de classificação (Sillhouette). Deste modo, vimos, à exceção dos valores dos municípios nacionais, as tendências de sub-representação reportadas na literatura (Johnston, 2019) serem contrariadas, particularmente, no caso do número de efetivos mulheres na Administração Pública em Portugal, entre 2011 e 2022, na AMP, em 2022 e na CMG, a partir de 2017.[...]
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.