Projeto “Mimir” Plano de diagnóstico de clima organizacional na Bosch Car Multimedia S.A.
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.vi12.6032Palavras-chave:
Employee engagement, retenção de talento, questionários, entrevistas, vibes, engagement dialoguesResumo
O presente artigo tem como propósito a apresentação de um plano para o diagnóstico de clima organizacional na Bosch Car Multimedia S.A. Numa primeira fase, apresentamos a revisão bibliográfica e uma análise de tendências de Mercado e sociais, tendo culminado na elaboração de novos instrumentos de auscultação dos colaboradores relativamente às diferentes dimensões
do Employee Engagement. Numa segunda fase, o desenvolvimento de um dashboard de gestão com recurso a análise de dados, permitindo a cocriação de uma Employee Experience envolvente.
O mundo está a mudar. Estamos perante uma célere transformação, volátil e incerta, impulsionada por avanços tecnológicos e alterações demográficas, sendo que a automação e a inteligência artificial estão a redefinir o mercado de trabalho, levando à reestruturação de funções e ao surgimento e extinção de determinadas profissões. Simultaneamente, o envelhecimento da população, aumento da esperança de vida e o aumento da diversidade nas empresas trazem novos desafios e oportunidades.
As pessoas estão a mudar. As necessidades e expectativas em relação ao trabalho são distintas de outrora. Carreiras mais longas, a procura por um propósito e a flexibilidade estão a moldar a forma como as pessoas se relacionam e envolvem com o trabalho. A saúde e bem-estar são prioridades, com as pessoas a valorizarem empresas cuja Proposta de Valor contemple o seu bem-estar. As empresas estão a mudar. Para atrair e reter talentos, estão a adotar novas estratégias. A Employee Experience é essencial para dar voz aos colaboradores e melhorar os níveis de employee engagement. Os profissionais de People Analytics cada vez mais têm o seu lugar assegurado em diferentes departamentos das empresas, sendo que as tomadas de decisão são sobretudo baseadas em dados e, se antes as pessoas é que se adaptavam às exigências das empresas, agora existe uma maior necessidade das empresas se adaptarem às necessidades das pessoas. Assim, cada vez mais estão a ser implementadas estratégias inovadoras de recrutamento e certamente que estas vão moldar o futuro do trabalho. Considerando todas as novas dinâmicas supracitadas, as empresas, tal como as pessoas, precisam de se adaptar para antecipar novos cenários. A tecnologia exige que as organizações repensem as suas estratégias e invistam na retenção dos seus colaboradores. A criação de um ambiente de trabalho que promova o “employee engagement”, o desenvolvimento e o bemestar é essencial para atrair e reter talentos, garantindo o sucesso a longo prazo e, por sua vez, a sustentabilidade da empresa. Todas estas mudanças resultam numa crise internacional de employee engagement, e a Bosch não é exceção, já que a taxa de flutuação aumentou significativamente, particularmente nas áreas de Investigação e Desenvolvimento. Após uma análise da literatura, bem como das principais tendências sociais e de Mercado, ficam claras as repercussões a nível empresarial, surgindo questões incontornáveis como a i. necessidade de dar voz ao colaborador, a ii. Utilização da análise de dados na tomada de decisão e o surgimento de iii. Novas formas de feedback imediato. Por conseguinte, desenvolveram-se e implementaram-se 3 técnicas e instrumentos de auscultação dos colaboradores: o “Vibes”, “Engagement Dialogues” e “Focus Groups”. Com recurso a uma breve revisão da literatura, foram previamente identificadas e delimitadas as principais dimensões do “employee engagement”, nomeadamente os drivers com maior impacto nas perceções dos colaboradores e nos níveis de compromisso da força de trabalho. [...]
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