Um retrato das práticas organizacionais de promoção do bem-estar no Portugal contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.vi9.2821Palavras-chave:
Bem-estar, Práticas organizacionais, Inquérito às práticas de gestãoResumo
É cada vez mais consensual que a promoção do bem-estar nos contextos de trabalho é uma dimensão central para o desenvolvimento sustentável dos recursos humanos. As diferentes abordagens ao bem-estar subjectivo nas organizações têm vindo a explorar que aspectos da vida profissional concorrem para a satisfação, conforto, motivação ou realização pessoal dos trabalhadores, elementos que dominaram as teorias comportamentais dos anos 1940 e 1950, e que assumem renovada importância nos quadros de operacionalização mais recentes relativos à qualidade de vida no trabalho (Gallie, 2007; Green, 2006, entre outros).
Muitas destas abordagens ao bem-estar tendem a basear-se em indicadores de natureza individual, que remetem para a experiência pessoal de trabalho e para as apreciações globais que os indivíduos fazem da sua vida profissional. O papel das organizações na promoção do bem-estar, quando não omisso, é muitas vezes aferido através de estudos de caso organizacionais, sendo ainda evidente uma ausência de indicadores robustos sobre práticas formalizadas de promoção do bem-estar nas organizações. No entanto, muitos avanços têm sido possíveis, nas últimas décadas, quanto à recolha de dados extensivos sobre práticas organizacionais.