A humildade dos líderes e o capital psicológico dos liderados
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.vi7.2623Palavras-chave:
capital psicológico de equipa, liderança, Humildade, capital psicológico individualResumo
A humildade na liderança tende a ser percebida, erradamente, como um sinal de fraqueza (Exline & Geyer, 2004). Todavia, enquanto conjunto de forças (capacidade de compreensão das forças e das fraquezas próprias; reconhecimento e respeito pelas capacidades dos outros; disponibilidade para aprender), a humildade tem sido entendida como crucial para a eficácia dos líderes (e.g., Ou et al., in press; Owens & Hekman, 2016; Owens et al., 2015; Vera & Rodriguez-Lopez, 2004). Uma possível razão explicativa para esse efeito benéfico é a capacidade dos líderes humildes de promoverem o capital psicológico (PsyCap, de Psychological Capital) dos liderados. O PsyCap, como constructo que envolve quatro dimensões (autoeficácia; esperança; resiliência; otimismo), prediz atitudes e comportamentos relevantes tanto ao nível individual como de equipa (Dawkins et al., 2015; Luthans et al., 2015). A evidência empírica acerca dos antecedentes do PsyCap, é contudo, escassa. Também é escassa a evidência empírica sobre as consequências da humildade dos líderes. Esta investigação testa como a liderança humilde contribui para o desenvolvimento do PsyCap dos indivíduos e das equipas. Foram realizados dois estudos experimentais (método dos cenários) o primeiro adotando o nível de análise individual (n=148 indivíduos), e o segundo o de equipa (n=74 equipas). Os resultados sugerem que os indivíduos e as equipas sujeitos à condição experimental (líder humilde) apresentam níveis mais elevados de PsyCap do que os submetidos à condição de controlo (líder transacional). Esta investigação corrobora evidência anterior e contribui para o enriquecimento da literatura sobre liderança humilde e sobre PsyCap.