Burnout: Um Estudo em Profissionais de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i6.2276Palavras-chave:
Síndroma de burnout;, profissionais de saúde;, hospitais;Resumo
Os profissionais da área da saúde são sujeitos a ambientes organizacionais bastante exigentes e stressantes, que podem desencadear a síndrome de burnout. Neste sentido, pretendemos avaliar se os profissionais de saúde apresentam a síndrome de burnout e analisar a sua relação com as variáveis sociodemográficas e profissionais.
O burnout foi definido de acordo com três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal (Maslach e Jackson, 1997).
A amostra deste estudo é composta por 117 profissionais de saúde de dois hospitais da região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Para avaliar o burnout utilizou-se o Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey (MBI-HSS) com um conjunto de questões para avaliar os fatores sociodemográficos e profissionais.
Verificámos que estes profissionais de saúde apresentam níveis médios de exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal. Em relação às variáveis sociodemográficas e profissionais que mais se associam com o burnout constatámos que os profissionais que trabalham em turnos rotativos apresentam uma maior exaustão emocional. No que se refere à idade são os profissionais com idades compreendidas entre os 30 e os 39 anos que apresentam um elevado nível de despersonalização. Verifica-se ainda, que os profissionais casados ou em união de facto são os que apresentam elevados níveis de realização pessoal ao contrário dos divorciados que apresentam baixos níveis de realização pessoal. Em relação ao número de horas que trabalham por dia, os profissionais que trabalham de 8 a 10 horas por dia apresentam maiores níveis de realização pessoal, o inverso aplica-se aos profissionais que trabalham mais de 10 horas diariamente, que apresentam baixos níveis de realização pessoal.
Os resultados obtidos são discutidos no contexto da saúde e bem-estar dos profissionais de saúde nas organizações.